O ex-secretário de Estado de Cidades, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), remarcou a audiência marcada para esta quarta-feira (4) sobre a Operação Berére, do Grupo Especial de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco), que apura suposto pagamento de propina a políticos e empresários do Estado.
Wilson Santos classificou a possibilidade de envolvimento do seu nome no esquema como "surreal". Ele seria acusado de ter lavado dinheiro para o presidente da Assembleia Legislativa (AL), deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), que era sócio de uma empresa envolvida no esquema. O valor seria R$ 19 mil.
"Da minha parte jamais, eu não tenho precedente de propina. Não tenho precedente de safadeza, abri mão de R$ 7 milhões de FAP (Fundo de Assistência Parlamentar), poderia estar recebendo há 23 anos. Não tenho esses precedentes. Eu ia lavar R$ 19 mil para o Botelho e ele me devolver 10%? R$ 1900. É surreal. Isso é ininteligente", afirmou Santos.
O depoimento de Wilson Santos foi remarcado para esta quinta-feira (5) no Gaeco, as 15 horas.
A Operação Bereré é um desdobramento da delação premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), Teodoro Lopes, mais conhecido como Dóia. Dóia relatou ao Ministério Público Estadual que a empresa EIG Mercados, responsável por registrar contratos de financiamentos de veículos, pagava propina a várias pessoas.
A empresa ficava com 90% do valor arrecadado e repassava 10% ao Estado. Uma parte do dinheiro seria distribuído entre várias pessoas, dentre elas o presidente da AL, Eduardo Botelho e o deputado estadual Mauro Savi. Após a operação, outros cinco deputados foram incluídos entre os investigados.
São eles: Os deputados estaduais Baiano Filho (PSDB); Romoaldo Junior (MDB); Wilson Santos (PSDB); José Domingos Fraga (PSD) e Mauro Savi (DEM).
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