O presidente da CPI da Saúde, vereador Abílio Júnior (PSC), afirmou que a investigação terá um perfil técnico e não político. A comissão foi instalada na Câmara Municipal de Cuiabá, na última semana, com o intuito de investigar uma possível gestão temerária no setor, ingerência política e administrativa da Secretaria Municipal de Saúde, falta de medicamentos e eventual crise provocada para viabilizar a realização de contratações emergenciais e a contratação de servidores fantasmas.
"A CPI terá um perfil técnico e não político. Vamos fugir deste discurso base e oposição", declarou ao Hipernotícias.
Abílio afirmou que nesta terça-feira os integrantes da CPI se reuniram e apresentaram algumas sugestões, que ainda precisam passar por deliberação. A definição ocorrerá durante uma sessão pública, que será marcada assim que o presidente da Casa, vereador Justino Malheiros (PV), informar quando o plenário está disponível para a reunião.
"Tivemos uma reunião informal, na qual foi apresentada uma proposta de programa de trabalho, que ainda depende de deliberação. Vou conversar com o presidente para tentar uma data ainda esta semana", explicou Abílio.
Segundo o presidente, existe a proposta de que os primeiros 20 dias de trabalho sejam destinados ao levantamento de dados, fiscalização e recebimento de denúncias. Além disso, há a intenção de ampliar o número de trabalhadores da CPI. Ao invés de ter apenas três vereadores trabalhando (presidente, relator e membro), abrir para que os demais parlamentares também possam colaborar.
Conforme Abílio, os nove vereadores que assinaram a CPI já externaram o desejo de auxiliar. "Todos os nove que assinaram se propuseram a ajudar, a adotar um pedaço da investigação e ajudar. Assim reduzimos tempo e custo. Ao invés de contratar consultoria, utilizamos os vereadores".
Abílio ponderou que a Câmara de Cuiabá nunca contou com um quadro tão qualificado de parlamentares. Lembrou que Marcelo Bussiki (PSB) é especialista em auditoria e contabilidade; Diego Guimarães (PP) se destaca como jurista; Felipe Wellaton (PV) tem facilidade para apurar denúncias; GIlberto Figueiredo (PSB) é um entendedor da gestão; Dilemário Alencar (Pros) tem bom trânsito com os sindicatos e Toninho de Souza (PSD) tem facilidade de levantar o problema na "ponta" e teria demonstrado essa habilidade com o programa Blitz na Saúde.
"Cada um é capaz na sua especialidade. A Câmara nunca foi tão qualificada como hoje. E eles vão colaborar com a gente", disse, lembrando que aqueles vereadores que não assinaram o requerimento e quiserem colaborar também poderão fazer parte da investigação.
Após esse período, a proposta é que seja iniciada a fase de oitivas. No entanto, o vereador não quis adiantar nomes, afirmando que as definições ocorrerão somente em plenário.
A CPI tem prazo de 120 dias para ser concluída, podendo ser prorrogável por igual período se necessário. Além de Abílio Júnior, compõem a CPI como relator o vereador Ricardo Saad (PSDB) e Dr. Xavier (PTC) como membro. Assinaram o requerimento para instalação da CPI Abílio Junior, Ricardo Saad, Dr. Xavier, Dilemário Alencar (Pros), Marcelo Bussiki (PSB), Toninho de Souza (PSD), Diego Guimarães (PP), Felipe Wellaton (PV) e Gilberto Figueiredo (PSB).
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