A possível saída do presidente da República Jair Bolsonaro do PSL será discutida nesta terça-feira (12), em uma reunião realizada entre os deputados federais do partido. Entre eles, estará presente o presidente da sigla em Mato Grosso, o deputado federal Nelson Barbudo. Uma das hipóteses é que seja criada uma nova legenda.
De acordo com o deputado federal, o grupo ouvirá de uma equipe técnica se há tempo hábil para a formação e a concretização de uma nova legenda, prevendo as eleições do ano que vem.
“O Bolsonaro está estudando sair do PSL, mas isso tem que ser conversado, debatido, pelo seguinte: Dá tempo de montar outro partido? Vai dar tempo de ter tudo organizado para as próximas eleições?”, comentou Barbudo nesta segunda-feira (11) ao HNT/HiperNotícias.
“Amanhã vai ser discutido se ele sai ou não. Mas vai ser discutido se há tempo hábil para se concretizar e efetivar o registro desse partido para que o pessoal que acompanha o Bolsonaro possa migrar”, completou o parlamentar.
O principal fator para migração de partido foi um racha interno entre apoiadores de Bolsonaro e apoiadores de Luciano Caldas Bivar, atual presidente nacional da sigla.
Debandada
Caso haja mesmo a confirmação da saída de Bolsonaro do PSL, Barbudo já antecipa que irá acompanhá-lo, entretanto garante que não deixará seus atuais correligionários ‘abandonados’.
“No caso de acompanhar o presidente, eu não posso abandonar essas pessoas no PSL, porque eles vieram a meu pedido. São 126 diretórios. Se, por acaso, o Bolsonaro me requisitar para ser presidente do novo partido em Mato Grosso, eu vou fazer uma composição”, disse.
“Não quero ser taxado de ficar com os pés em duas canoas. Eu não vou abandonar por questão de hombridade. Eu vou dar suporte àqueles correligionários que, por ventura, ficarem no PSL, porque eles levaram o Bolsonaro à presidência, eles me levaram à Câmara Federal. Não é questão de ficar em dois partidos, mas é questão de ajudar e ser fiel ao presidente e não abandonar o PSL, deixando-o a ver navios”, esclareceu Barbudo, ressaltando que o novo partido ainda não tem um nome definido.
Primeira baixa em MT
Em setembro, o PSL teve a sua primeira baixa nos quadros. A senadora por Mato Grosso Selma Arruda saiu do partido, alegando falta de apoio da sigla em relação ao processo de cassação de seu mandato, que está em andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Todavia, o que mais pesou para a saída de Selma, do partido, foi um desentendimento com o filho do presidente, Flávio Bolsonaro. Segundo ela, o também senador teria a pressionado para retirar sua assinatura do pedido para a instalação da CPI da Lava Toga.
À época, a senadora relatou que Flávio chegou a gritar com ela ao telefone. “Eu me recuso a ouvir grito, então desliguei o telefone”, destacou ela.
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