Na manhã desta segunda-feira (19), a Polícia Civil, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou a Operação Bereré que investiga desvio de recursos por meio de contrato de empresas junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT). Com base na apuração, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu a prisão de 49 pessoas. Requerimento que foi negado pelo desembargador José Zuquim Nogueira, em decisão do dia 31 de janeiro.
Na ação, o magistrado ponderou que por haver uma longa lista de investigado, existe possibilidade de algumas pessoas terem efetivamente praticado os atos ilícitos, mas também pessoas que foram usadas no suposto esquema. Dessa forma não seria possível separar “o joio do trigo” e dificultaria a “mão equilibrada da Justiça”.
O desembargador pontua também que por anos se arrasta a investigação e a coleta de provas se intensificou nos últimos dois anos, mesmo os investigados em liberdade.
O fato de não se tratar de fatos atuais também pesou na decisão do magistrado de negar a prisão dos 49 investigados.
Investigação
A apuração do MPE apontou a existência de uma quadrilha iniciada no governo de Silval Barbosa para promover desvios no Detran. O grupo criminosos seria formado por três núcleos independentes que agiam conectados desempenhando cada um sua função para o sucesso da engrenagem criminosa.
Os crimes começaram com a nomeação do de Teodoro Moreira Lopes “Doia”, indicado pelo deputado Mauro Savi, que tinha grande influência sobre as decisões do governador, como relatou Doia na delação premiada firmada junto ao MPE.
Logo após a nomeação foi instaurada a Resolução 320/2019 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que dispõe que em operação de arrendamento mercantil ou qualquer outra modalidade de crédito ou financiamento a anotação da alienação fiduciária de veículo automotor no Certificado de Registro de Veículo (CRV) deveriam ser registrados no Detran.
A partir daí foi criada a quadrilha para fraudar licitações e direcionar os serviços para empresa “fantasma” a fim de conferir legalidade para a tramitação e o dinheiro pago pelo falso serviço retornaria para os bolsos dos membros do esquema criminoso.
Confira lista de investigados
Pedro Henrique Neto
Claudemir Pereira dos Santos
Antonio Eduardo da Costa e Silva
Marcelo da Costa e Silva
Dauton Luiz Santos Vasconcelos
José Henrique Pereira Gonçalves
José Ferreira Gonçakves Neto
Adjaime Ramos de Souza
Adriana Rosa Garcia de Souza
Andreo Darcy Mensch Leite
Cleber Antonio Cini
Elias Pereira dos Santos Filho
Francisvaldo Mendes Pacheco
Ivan Lopes Dias
Janaina Polla Reinheiner
Jorge Batista da Graça
José Eculides dos Santos Filhos
Leanir Rodrigues do nascimento saddi
Luiz Otávio Borges de Souza
Moisés Dias da Silva
Nelson Lopes de Almeida
Odenil Rodrigues de Almeida
Paulo Henrique Botelho Ferreira
Ricardo Adriane de Oliveira
Sonia Regina Buzanello de Meira
Tschales Franciel Tscha
Valter Nei Duarte Ramos
Maria de Fátima Azoia Pinoti
Joana Darc Borges
Roberto Abrão Junior
Edson Miguel Venega da Conceição
Luciano Scampini
Claudinei Teixeira Diniz
Valquiria Marques Souza Diniz
Gladis Polla Reinheiner
Juliana Polla Reinheiner
Rafael Badotti
José Gonçalo de Souza
Claudio Roberto Schommer
Juradir da Silva Vieira
Marcelo Henrique Sini
Romulo Cesar Botelho
Eduardo Rodrigo Botelho
Rebeca Maria Sousa Arruda
Laura Tereza da Costa Dias
Eder de Moraes Dias Junior
Valdir Daroit
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