Com a possibilidade da reinclusão de estados e municípios no texto da Reforma da Previdência, o governador Mauro Mendes (DEM), voltou a defender a ideia como solução para evitar um grande colapso financeiro no País.
Para o governador, o sistema da Previdência, caso continue como está, pode quebrar Mato Grosso. “A previdência hoje coloca o Brasil num caminho de risco absolutamente gigante. Só pra vocês terem uma ideia, aqui no Estado de Mato Grosso todo mês aquilo que se arrecada com a Previdência do Estado, descontando 11% do servidor e mais 22% que o Estado paga para a Previdência, por conta de tê-los aqui como nossos servidores, falta por mês R$ 100 milhões”, revela.
De acordo com o chefe do Executivo, a receita é em torno de R$ 170 milhões, porém a despesa é de R$ 270 milhões, o que gera um déficit mensal de R$ 100 milhões.
“Todo mês o Estado pega um pouquinho do dinheiro do ICMS que vocês pagam na energia elétrica, do combustível, da comida, da roupa, de tudo que vocês compram, e usa para pagar isso para seus aposentados e pensionistas”, relata Mendes.
“Por mês se aposentam em torno de 200 pessoas. Até 2022 vamos ter mais gente aposentada no Eestado, do que trabalhando e aí vamos precisar de mais dinheiro do bolso do cidadão, mais ICMS para pagar os aposentados. Ou nós mudamos isso, o sistema da Previdência, ou vamos quebrar a sociedade, porque ela não vai aguentar mais e mais imposto tirado do bolso”, completou.
O relatório da Reforma foi aprovado pela Câmara Federal na última quinta-feira (4). E segundo o presidente da Casa, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), pontos que foram retirados do texto podem voltar a ser discutidos, entretanto os govenadores e prefeitos deverão se articular para que os Estados e municípios voltem ao texto final em emenda em plenário.
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