Uma “última proposta” para que os servidores da Educação pública ponham fim à greve que já dura mais de 70 dias, foi debatida na presidência da Assembleia Legislativa no inicio da noite desta segunda-feira (5). Construído entre o Parlamento e técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda, a proposta visa destinar, a partir do ano que vem, 75% ao pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) e 25% às leis de carreira.
O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), fez questão de frisar que essa é “a última proposta” intermediada pela Assembleia e que, a partir de agora, o Parlamento não mais cobrará propostas do governador Mauro Mendes (DEM) para pôr fim à greve, sendo que já houve várias propostas, e até então, nenhuma foi aceita pela categoria.
“Já há um pacto entre os deputados da base aliada, de não fazer mais cobrança de proposta do governo e nem de intermediar”, salientou Botelho, frisando que o melhor caminho é o diálogo, mas que, se essa proposta não for aceita, o governo ficará mais fortalecido para estabelecer um processo mais radical, como o de demissão dos grevistas, por exemplo.
“A esperança é de os professores voltarem às aulas ou alguém vai ser 'prensado' aí, porque o governador ganhou força com a decisão que considerou ilegal a greve. Então, o que queremos é achar o melhor caminho para os professores e para que essa lei fique em vigor, pois o problema é que essa lei pode cair, o que pode ser evitado se eles aceitarem nossa última proposta”, enfatizou o presidente da Assembleia.
A lei 510/2013 (poder de dobra), é a principal reivindicação dos grevistas, mas o governo descartou qualquer possibilidade de atendê-la de imediato, alegando já ter estourado o limite dos 49% da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O Sintep está sendo esperado na Assembleia para oficializar sua resposta que, num primeiro momento já foi negativa, quando de sua concentração num ato público realizado durante toda a tarde desta segunda-feira, em frente ao Tribunal Regional do Trabalho-MT.
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