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Política Quinta-feira, 20 de Março de 2025, 09:37 - A | A

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Quinta-feira, 20 de Março de 2025, 09h:37 - A | A

CRIME BÁRBARO

Botelho defende prisão perpétua e diz que assassina de adolescente "não têm recuperação"

O deputado estadual também afirmou ser favorável a mudança da maior idade penal de 18 para 16 anos

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) defendeu a aplicação da prisão perpétua a Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, que confessou o assassinato da adolescente Emely Azevedo Sena, de 16 anos de idade, com o objetivo de roubar a filha da vítima. Para o deputado, indivíduos capazes de cometer crimes bárbaros "não têm recuperação". Botelho baseou sua opinião na análise do psiquiatra forense Guido Palomba, que, ao avaliar o comportamento de Nataly, afirmou que ela tem uma "personalidade anormal" e continuará assim "enquanto viver".

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"É um crime bárbaro que esperamos que seja punido com o rigor da lei. Eu defendo prisão perpétua para esses casos. Vocês viram a fala daquele grande especialista, o doutor Palomba dizendo que esses casos são irrecuperáveis, não têm recuperação. São psicopatas e têm que ficar presos", disparou Eduardo Botelho à imprensa nesta quarta-feira (20). 

O deputado acredita que é preciso rever o Código Penal, impondo penas mais duras a crimes com uso de crueldade, como na morte de Emely. Botelho ainda destacou ser favorável à redução da maior idade penal de 18 para 16 anos, semelhantemente à legislação dos Estados Unidos (EUA), passando a responsabilizar adolescentes cooptados por facções com o mesmo rigor que os adultos. 

"Temos que mudar isso e em cima do feminicídio também. Estou defendendo isso direto. Outra coisa que defendo é baixar a maioridade penal para essas pessoas que estão entrando no cirme, que possam ser presos e responder como adultos", falou Eduardo Botelho. 

Em 2024, quando estava na presidência da AL, Botelho encaminhou requerimento ao Congresso Nacional pedindo que a bancada de Mato Grosso se empenhasse na revisão de penas, priorizando os casos de feminicídio. À época, o "Pacote Antifeminicídio" de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD) estava parado em Brasília. A pressão da AL foi apoiada por outros parlamentares e a discussão foi retomada, terminando com a aprovação dos projetos de lei meses depois. 

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AL E CÂMARAS ACOMPANHAM INVESTIGAÇÕES

O caso Emily reverbera no plenário da Assembleia Legislativa. O presidente da Casa de Leis, Max Russi (PSB), se comprometeu a acompanhar as investigações de perto e destacou a equipe da Procuradoria Especial da Mulher, comandada por Janaina Riva (MDB), para prestar suporte. A Câmara de Cuiabá, cidade em que o crime foi registrado, e o Legislativo de Várzea Grande, onde a vítima morava, também estão mobilizados. 

RELEMBRE O CRIME

Emely Sena saiu de sua casa em Várzea Grande, na quarta-feira (12), para buscar donativos em uma residência no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.

No imóvel, ela foi esganada com um fio de internet e sufocada com uma sacola plástica. Inconsciente, ela teve a filha arrancada de seu ventre pela suspeita, Nataly Helen Martins Pereira, que utilizou uma faca.

Depois de matar a adolescente, Nataly a enterrou em uma cova rasa nos fundos da casa. Na sequência, pegou a criança e procurou atendimento no Hospital Santa Helena para emitir uma declaração de nascimento, argumentando que havia tido um parto em casa.

Desconfiada da versão, a equipe médica pediu um exame hormonal de Beta HCG que não detectou sinais de gravidez recente ou estado puerperal.

Ela foi levada à Central de Flagrantes para prestar depoimento e o crime foi descoberto. Em depoimento, ela confessou a autoria do homicídio e afirmou ter agido sozinha.

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