O ex-governador Blairo Maggi (PP) foi taxativo na noite desta segunda-feira (18) ao negar que tenha alguma pretensão política para 2020. A afirmação abrange especialmente a possível eleição suplementar, caso haja a confirmação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da cassaão do mandato da senadora Selma Arruda (PODE).
O PP, no entanto, se organiza para ter candidatura própria em Cuiabá no próximo pleito. É o que defende o ex-senador Blairo Maggi, maior liderança do partido no Estado. Ele ainda avalia que, mesmo que a sigla não possua um nome forte para concorrer ao Alencastro, o caminho está aberto para o surgimento de novas lideranças.
“Quando eu digo que o partido quer ter uma candidatura própria, ele está aberto para receber pessoas que não estão em nenhum partido e que poderiam disputar uma eleição. O prazo vai até abril do ano que vem, então quer dizer, as coisas estão bastante abertas”, argumentou Maggi, durante evento de inauguração do novo Hospital Municipal de Cuiabá (HMC)..
Entretanto, caso não seja viabilizada uma candidatura própria, o ex-senador admite seguir o entendimento do partido na Capital, quanto a alianças. Na avaliação dele, considerando as novas regras eleitorais, o formato de dois turnos e sem a possibilidade de formação de coligações nas proporcionais, “se apresenta muito mais importante você ter uma candidatura que puxe essa chapa própria”.
A hipótese de o PP se submeter às alianças é também considerada por Maggi na majoritária. “E não tem nenhum demérito entrar num segundo turno. O importante é debater, sugerir e, no segundo turno, certamente você compor”.
Nesse sentido, uma coligação em torno da candidatura à reeleição doprefeito Emanuel Pinheiro (MDB), é também considerada por Blairo. Questionado pelo HNT/HiperNotícias, se subiria no palanque pra pedir voto ao emedebista, Blairo alega que não sabe com quem o PP estará coligado, “mas onde o PP estiver coligado, eu poderei subir no palanque”. Ele também voltou a admitir que o prefeito Emanuel “vem fazendo um bom trabalho”.
POSSÍVEL ELEIÇÃO SUPLEMENTAR
Um passeio feito por terra em visita a municípios interligados por duas rodovias estaduais, a MT-170 e MT 235, no norte do Estado, suscitou especulações, nos últimos dias, sobre uma possível preparação de Blairo com vistas a uma possível candidatura ao Senado.
“Eu não tenho nenhuma pretensão de disputar eleições. Não disputarei, e até digo mais, e com toda tranquilidade: se houvesse a possibilidade de me nomear como senador, teriam dois trabalhos: um de nomear e o outro de desnomear”, brincou Maggi.
Ele enfatizou ainda que é necessário respeitar o mandato da senadora Selma. “Não podemos faltar com respeito à senadora. Nunca estive com ela pessoalmente, mas a gente não pode perder o respeito, porque ela tem o mandato ainda. Foi cassada no TRE, mas ela tem onde recorrer”.
Sobre sua decisão de não mais disputar eleições, Magginegou que que tenha ficado traumatizado com cargos eletivos. “Enquanto estive na política, eu procurei fazer o melhor. Para tudo tem seu tempo na vida. Eu fiquei 16 anos com mandatos, mais oito anos junto com o ex-senador Jonas Pinheiro, [já falecido, de quem Blairo era suplente]. Ou seja, já se foram 24 anos de envolvimento com coisa pública. Vocês não imaginam como é bom poder reconquistar a liberdade. Não vou me negar de fazer política. Eu não quero é disputar eleições, ter mandato”, concluiu.
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