“A instituição é bem maior que o escândalo dos grampos ilegais”. Essa foi à avaliação do novo comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Marcos Vieira da Cunha ao comentar sobre o suposto envolvimento de militares no esquema de grampos ilegais. A troca de comando foi realizada na noite de quinta-feira (29), no Quartel do Comando Geral, em Cuiabá.
Cunha assumiu o lugar do coronel Jorge Luiz de Magalhães, que foi exonerado há uma semana, após o vazamento de prisões de policiais que supostamente estavam sendo investigados por participarem da ação de interceptações telefônicas. Agora, Cunha se tornou o quarto comandante da PM na Gestão do governador Pedro Taques (PSDB), em quase três anos de gestão.
Após a solenidade, o coronel foi indagado pela imprensa se o escândalo dos grampos, que inclusive repercutida em rede nacional, não teria abalado à credibilidade da corporação. Porém, o novo representante das autoridades foi otimista e afirmou que a instituição é bem maior do que o acontecido.
“Sem dúvida a instituição não está abalada. A corporação é bem maior do que tudo isso. A nós caminhamos pela chamada força de segurança. Trabalhamos em parceria com outras forças que é a Polícia Civil, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e o Corpo de Bombeiros. Então continuamos levando a sensação de segurança a sociedade”, detalhou.
Cunha ainda garantiu que um inquérito policial militar já investiga se as informações contra os PM’s procedem. Por enquanto, a corporação não irá imitir parecer para que todas as medidas administrativas possam ser tomadas de forma imparcial.
“Mato Grosso está na linha histórica. Reduziram em 24% os boletins de ocorrência com relação a homicídios e em 20% em números de roubos, enquanto que outros estados buscam redução de 3% a 4%. Então estamos na frente e sendo modelo porque trabalhamos para mais de três milhões de pessoas em todo o Estado”, concluiu.
Denúncia
A denúncia dos grampos ilegais foi oficializada à Procuradoria Geral da República (PRG) pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, em janeiro deste ano. Exatamente um ano e um mês após ter pedido demissão do cargo de secretário de Segurança Pública do Estado (Sesp).
Zaque alega que pediu exoneração do cargo após informar o governador do caso e ter exigido a exoneração do ex-secretário Paulo Taques, do comandante geral da Policia Militar de Mato Grosso, coronel Zaqueu Barbosa e de outros policiais e o governador não ter aceitado.
Já Pedro Taques nega que tenha tido conhecimento dos fatos e determinou ao secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, que investigue os fatos. Jarbas já solicitou o fim do termo de cooperação entre a Sesp e o Gaeco na utilização do sistema “guardião”, responsável pelas escutas telefônicas.
Taques também decidiu realizar uma representação contra Mauro Zaque na Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e no Conselho Nacional dos Ministérios Públicos (CNMP), por denúncia caluniosa, prevaricação e fraude em documentos públicos.
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