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Polícia Quarta-feira, 29 de Maio de 2019, 18:13 - A | A

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Quarta-feira, 29 de Maio de 2019, 18h:13 - A | A

DEFESA CONTESTA PRISÃO

"João Arcanjo Ribeiro foi vitima de armação", sustenta advogado

Nesta quinta-feira, a partir das 13h, o juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal, realiza audiência de custódia com outros envolvidos, entre eles o genro de Arcanjo, Giovanni Zem

LUIS VINICIUS

O advogado de João Arcanjop Ribeiro, Zaid Arbid, disse na tarde desta quarta-feira (29), no Fórum da Capital, que seu cliente é vítima de armação, criada pelo grupo rival, comandado por Frederico Muller Coutinho. Ao responder a uma pergunta do HNT/HiperNoticias, se os inimigos de Arcanjo estariam por trás da acusação de que ele está envolvido com o jogo de bicho, Zaid disse que Arcanjo foi e sempre será considerado uma ameaça, para quem disputa território.

Alan Cosme/Hnt

Operação Mantus / Advogado Zaid Airbid

 Advogado Zaid Arbid

“É o outro grupo que demanda com Arcanjo, que é um grupo macro, economicamente forte. Arcanjo saiu e não tem pretensão de voltar para o jogo do bicho, mas sempre foi e será uma emeaça para o jogo deste detentor do primeiro grupo “, disse o advogado.

Ao citar o primeiro grupo, o advogado se referiu ao grupo comandado por Frederico Muller Coutinho, e que também foi preso nesta quarta acusado de comandar uma organização cirminosa em Mato Grosso. É que na audiência de custódia, Arcanjo foi colocado dentro do segundo grupo, que será ouvido após o grupo de Coutinho.

Segundo o advogado, o inquérito policial, que tem 119 laudas, apresenta a participação de todos as pessoas que foram detidas. “São os fatos que informam a participação de todos os que foram detidos. Sobre João Arcanjo, é muito fácil descaracterizar. A autoridade vai recuar, vai ter a compreensão da autoridade que Arcanjo não teve nenhuma participação".

Cinco aspectos contra Arcanjo

Zaid Arbid disse que pesam contra Arcanjo cinco aspectos, e ao comentá-los, procurou descaracterizá-los.

Primeiro aspecto: seria uma ligação que Arcanjo teria feito para seu genro Giovanni Zem, para que acertasse um pagamento de R$ 20 mil, com uma pessoa chamada de Toninho. “Quem é esse Toninho? Um bicheiro? Não, Toninho é assessor jurídico do meu escritório, que recebeu os 20 mil reais, como outras três parcelas de 20 mil reais, para depositar uma parcela de uma fiança de 80 mil que a Justiça Federal estabeleceu, para que Arcanjo recolhesse em quatro parcelas de 20 mil. A parcela de maio de 2018 está explicada”, disse Zaid.

Segundo aspecto: trata sobre denúncia feita por Alberto Jorge Toniasso, que disse ter sido espancado por alguém a mando de Arcanjo. “Em audiência na segunda Vara Criminal, esse Jorge declarou que não conhecia Arcanjo, nunca tinha visto Arcanjo, e que ele presenciava Arcanjo naquele momento”.

Terceiro aspecto: que Arcanjo teria autorizado a enviar valores ilícitos por uma terceira pessoa para o Uruguai, em benefício da família, João Arcanjo filho e sua ex-mulher Sílvia Chirata. “É lógico que qualquer um de nós, em sã consciência, não vai pegar um dinheiro injusto e mandar para um parente seu por uma casa de câmbio. Uma pessoa acusada e com passagem policial, não acredito, nenhum de nós cometeria uma estupidez  dessa”, disse, se referindo a remessas feitas para o Uruguai e que, segundo a polícia foram declaradas. O envolvimento de Arcanjo se baseia no vínculo de quem fez as remessas, que teria ligação com a central do jogo de bicho, aliado ao fato que os comprovantes das remessas foram encontrados na central.

Quarto aspecto: no dia que Arcanjo pediu para que fosse depositado os R$ 20 mil para Toninho, ele pediu também para Giovanni: “Olha, o médico de onde estou vindo pediu para que você levasse uma máquina ainda hoje”. Segundo Zaid, a polícia entendeu que a máquina citada se referia a máquina caça-níquel. “E não é isso, Giovanni trabalha com uma máquina de cartão de crédito”.

Quinto aspecto: os R$ 201 mil apreendidos nesta quarta-feira na casa de Arcanjo, no bairro Boa Esperança. “Estou com a declaração do imposto de renda de Arcanjo, que demonstra que o dinheiro encontrado em seu poder tem origem lícita”.

Zaid disse, ainda, que acredita que a mesma autoridade que “apreendeu os fatos”, contrariando os direitos de Arcanjo, "vai ter a compreensão e afastar esta confusão, incompreensão que teve até agora, que os fatos informados não são reais e agridem a verdade".

Como Arcanjo está em liberdade condicional, Zaid reconhece que no momento em que ele é recolhido em prisão preventiva, ele perde este beneficio. Entretanto, ele garantiu que Arcanjo tem um compromisso com a justiça. “Compromisso é compromisso. Compete agora ele demonstrar os fatos, para que tenha resgatado seus direitos e a contra-prova possa ser apresentada para ele voltar ao seu beneficio”.

Audiências desmembradas

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, desmembrou o caso em duas audiências de custódia. A primeira teve inicio por volta das 16h20 e se encerrou. Em seguida começaram as audiências com os presos da Colibri. Ao todo, 11 presos da Ello/FMC participaram da 1ª.  Na oportunidade, alguns pediram para irem para o CCC (Centro de Custódia de Cuiabá) em decorrência do curso superior e os advogados de duas mulheres solicitaram a conversão da Prisão Preventiva em Prisão Domiciliar, por ambas terem filhos menores de 12 anos. O magistrado considerou os documentos e autorizou a alteração com restrições e monitoramento eletrônico

Na 2ª audiência de custódia, 7 presos ligados à Colibri tiveram as prisões mantidas, a exemplo da 1ª audiência que todos permanecem custodiados. A defesa de João Arcanjo Ribeiro solicitou que ele fosse encaminhado ao CCC, caso não fosse possível, ao CRC, em decorrência dele ter sido policial civil e estar com idade avançada (67). Ainda constam na ata da audiência que outras defesas solicitaram a prisão no CCC, por um dos acusados também ter sido policial e outro por estar em tratamento de saúde. Os pedidos serão analisados pelo magistrado em conformidade com as vagas ofertadas pelo Sistema Prisional.  

Uma nova audiência de custódia foi marcada para amanhã (30), às 13h na 7ª Vara Criminal. Na oportunidade outros acusados serão ouvidos, um deles será Giovanni Zem. O juiz manteve o processo em sigilo.

 

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