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Polícia Quarta-feira, 25 de Abril de 2018, 11:41 - A | A

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Quarta-feira, 25 de Abril de 2018, 11h:41 - A | A

JUIZ DENUNCIOU

Ex-analista usava senha de juiz para cometer falcatruas

FELIPE LEONEL

O juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis, afirmou ter sido ele mesmo a denunciar o ex-analista jurídico do Poder Judiciário, Pitágoras Pinto de Arruda, preso na “Operação Regressus”, na manhã desta quarta-feira (25). Pitágoras é acusado de crime de peculato e também de ser o braço de uma organização criminosa dentro da Vara de Execuções Penais. Ele utilizava o login do juiz para cometer as irregularidades. 

 

Felipe Leonel

Geraldo Fidelis

 

Na operação, também foi preso o traficante do Rio de Janeiro, Márcio Batista da Silva, conhecido como Dinho Porquinho; além do estelionatário Marcelo Rocha, conhecido em todo Brasil por ter aplicado golpes em grandes milionários, tendo inclusive se passado por herdeiro da empresa de aviação Gol. Eles são suspeitos de terem sido beneficiados por Pitágoras.

 

A operação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, apura irregularidades nas progressões de regimes de presos no Estado, com a utilização de certificados falsos de estudo. Além disso, Pitágoras também estaria superfaturando exames psicológicos e desviando recursos para a conta de sua genitora.

 

Os problemas teriam começado a aparecer em dezembro de 2017, quando o ex-funcionário alegava ter problemas mentais e estaria faltando ao trabalho. Uma estagiária teria relatado ao juiz Geraldo Fidelis que o ex-analista teria entregado documentos a um advogado. O ex-analista estaria aumentado em R$ 4 mil o preço do exame, para um total de R$ 6 mil.

 

"No começo de março, a psiquiatra foi receber os honorários relativos aos bloqueios na conta do Estado. A minha assessora me ligou e mostrou um documento de recebimento do dinheiro para um nome desconhecido, quando fui verificar era a mãe do Pitágoras", afirmou o magistrado, durante coletiva de imprensa na Polícia Judiciária Civil.

 

O juiz apurou que foram transferidos R$ 26 mil para a conta da genitora de Pitágoras. A situação se agravou em março, quando uma pessoa alertou o magistrado sobre irregularidades ocorrendo na Vara. Ele utilizava a senha do magistrado para fazer as falcatruas. De acordo com as investigações, há 35 casos suspeitos de presos com progressão de regime. 

 

"Um colega chamou um amigo para fazer contato comigo, pois ele estava envergonhado de falar. Dizia que tinha um problema muito sério na minha Vara, de progressão de regime, falsificam documentos de estudo e trabalho para garantir benefícios para progredir regime de fechado para semiaberto e do semiaberto para o aberto", relatou o interlocutor ao juiz. 

 

De acordo com Fidelis, para cada três dias de trabalho é retirado um dia de pena. Além dos certificados falsos, o GCCO também apurou que os vínculos trabalhistas dos dois presos eram com uma empresa fantasma. Ao constatar as irregularidades, Gerado Fidelis determinou a volta dos dois para o sistema penitenciário. 

 

Pitágoras trabalhava junto a Geraldo Fidélis há sete anos, desde quando atuava em Cáceres (217 km de Cuiabá). De acordo com o magistrado, na Vara de Execuções Penais há mais de 17 mil processos e o volume de trabalho exige uma pessoa de confiança para fazer os procedimentos administrativos e burocráticos. 

 

"Fechou o mundo para mim nessa hora, achei um absurdo. Nesse mesmo dia, eu expus esse fato à minha diretora para o Pitágoras responder processo administrativo, ele era concursado. Na mesma hora, também fiz contato com o secretário Gustavo Garcia, que articulou o GCCO para fazer as investigações", concluiu. 

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