Três delegados da Polícia Civil foram ouvidos pelo juiz da 11ª Vara Militar, Marcos Faleiros, durante a primeira audiência de instrução da “Operação Coverage”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), no dia 21 de agosto. As oitivas foram realizadas no Fórum de Cuiabá, na tarde de quarta-feira (13), e dão início aos atos processuais da investigação.
Foram ouvidos os delegados, Marcel Gomes de Oliveira da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Guilherme de Carvalho Bertoli da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) e Flávio Stringuetta titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Além deles, também foi ouvido o tenente coronel Guilherme Gahyva, então comandante da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio (Salp).
Eles foram arrolados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) como testemunhas de acusação.
Ao todo, são cinco réus na ação: o tenente coronel PM Marcos Eduardo Ticianel Paccola, tenente coronel PM Sada Ribeiro Parreira, o tenente Thiago Sátiro Albino, o tenente Cleber de Souza Ferreira e o sargento Berison Costa e Silva.
Esses oficiais, segundo o MPMT, são suspeitos de utilizarem seus cargos e funções de relevância para adulterar o registro de uma pistola 9 mm, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado da Salp.
A pistola pertence a Cleber. O MPMT afirmou que as fraudes foram descobertas após a apreensão da pistola e do celular do tenente na Operação Assepsia, deflagrada pela GCCO. Diante disso, a Promotoria Militar solicitou a presença de Stringueta.
Ainda de acordo com o Gaeco, estaria pistola estaria ligada em crimes de homicídios e levou a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a investigar a participação de Cleber na Operação Mercenários, que desarticulou um grupo de policiais que matavam sob encomenda. A ação é investigada pelo delegado Marcel de Oliveira.
Já Guilherme, no mês de setembro, foi requerido pelo MPMT para que fosse investigado por crime de desvio de conduta. Na época, a autoridade policial informou que não era investigado e que apenas trocou mensagens com um dos investigados.
Por fim, Gahyva prestou esclarecimentos sobre como funciona o sistema de inserção e adulteração de registro no sistema. A audiência durou cerca de quatro horas.
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