O empresário Ronaldo da Rosa, 32 anos, e o policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, 26 anos, foram indiciados pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, 33 anos, na cidade de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).
A informação foi confirmada pelo delegado Carlos Eduardo Muniz, que investiga o caso, na manhã desta sexta-feira (18). De acordo com a autoridade policial, o inquérito foi concluído na quinta-feira (17) e será encaminhado nas próximas horas ao juízo da cidade de Sinop.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) também acompanha o processo e deverá emitir um parecer nos próximos dias informando se irá apresentar denúncia contra Ronaldo e Marcos. Caso a queixa seja ofertada e o magistrado aceitar, a dupla passará a ser réus no caso.
Ronaldo está preso desde a última sexta-feira (11), no Centro de Ressocialização de Sinop. Ele estava na casa de um ‘conhecido’, no Camping Club que fica próximo a região central.
O empresário foi preso após o policial militar confessar que matou e jogou o corpo da mulher em um córrego da região do bairro Jardim Terra Rica, na cidade de Sinop.
O denunciante afirmou que a enfermeira foi dominada, em sua caminhonete, próximo de casa pelo marido.
“As agressões pesadas teriam partido de Ronaldo e a vítima teria apagado ali e, a princípio, estaria morta. A ideia do local (onde o corpo foi jogado), segundo ele, teria partido de Ronaldo e ele teria ido junto. No entanto, a ação teria sido planejada e executada por Ronaldo. O casal enfrentava problemas de relacionamento”, disse o delegado durante entrevista coletiva.
Desaparecimento
A enfermeira desapareceu no dia 27 de setembro. De acordo com a Polícia Civil, foi o próprio marido que registrou um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento de Zuilda no dia 28 de setembro, poucas horas depois de a mulher ter sumido.
Na queixa, Ronaldo afirmou que Zuilda foi vista pela última vez por volta das 19 horas quando estava indo ao centro da cidade para ajudar o esposo no trabalho de venda de espetos.
De acordo com testemunhas, a enfermeira conduzia uma caminhonete Toyota Hilux SW4, que foi abandonada da porta da casa da vítima, horas depois do seu desaparecimento.
No boletim de ocorrência, o marido, na tentativa de dar veracidade ao relato de desaparecimento, acrecentou que o suspeito, um policial militar, era sua testemunha.
Diante disso, o militar foi convocado para prestar depoimento, na última quarta-feira (2), na Delegacia de Polícia Civil. Na unidade, os policiais observaram que o policial tinha marcas de arranhões no rosto e o questionaram o que teria provocado tais lesões.
Marcos justificou dizendo que havia caído de motocicleta. Em um primeiro momento, a versão foi contestada pelos policiais civis que começaram a questionar sobre os fatos. Em determinado momento, o policial confessou que matou a enfermeira a mando do marido dela.
O motivo, entretanto, não foi revelado pelo suspeito. Marcos encontra-se detido no 3º Comando Regional de Sinop.
Logo depois, o agente apontou o local onde havia abandonado o corpo e os policias iniciaram buscas. Porém, o cadáver de Zuilda foi localizado em um córrego apenas na manhã desta terça-feira (8) e reconhecido por um dos filhos.
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