Com ascendência japonesa, a jovem S.S.Y. foi condenada em 2ª instância pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), após ser denunciada por tentativa de fraude nas cotas raciais para negros. As cotas foram disponibilizadas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em janeiro deste ano.
Na época dos fatos, a jovem e outros cinco estudantes brancos foram denunciados em redes sociais pelo ativista do movimento social negro, Vinícius Brasilino, por fraude ao sistema de cotas raciais da UFMT.
Após o caso ganhar destaque na mídia local, a universidade realizou uma comissão de verificação dos estudantes que se inscreveram por meio de cotas. No procedimento administrativo da UFMT, a jovem S.S.Y. teve sua inscrição cancelada.
Diante da situação, em fevereiro, S.S.Y. ingressou com um processo pedindo ressarcimento por danos morais contra o ativista Vinícius Brasilino. Contudo, ela teve o pedido negado em abril.
Reprodução
Registro de Vinícius Brasilino e representantes do movimento social negro denunciando as fraudes no MPF
Apesar da derrota na primeira instância, a jovem ingressou contra a decisão. Porém, em setembro, o pedido foi novamente negado pela Justiça. Dessa forma, a jovem foi condenada em R$ 750,00 para o pagamento dos honorários advocatícios.
O HNT/HiperNotícias entrou em contato com o advogado de defesa do ativista, Aurélio Augusto Júnior, que afirmou: “O controle social pela aplicação adequada das cotas raciais, asseguram que as vagas sejam realmente destinadas ao público que detém o direito, negro (preto e pardo) e indígena”
Entenda o caso
À época dos fatos, entidades que representam o movimento negro em Mato Grosso denunciaram ao Ministério Público Federal (MPF) o caso de fraude nas cotas raciais da UFMT.
No documento apresentado, seis estudantes admitidos no curso de Medicina da universidade foram acusados de utilizarem de má-fé na autodeclaração racial, em prol de benefício pessoal.
O documento foi baseado em denúncia anteriores, nas quais o militante do movimento negro Vinícius Brasilino utilizou seu perfil pessoal no Facebook para divulgar a fraude dos seis candidatos.
“Como eu já denunciei oficialmente, vou expor e aguardo explicações. Esses relacionados nos prints estão tentando se matricular na Medicina, da UFMT, todos nas cotas de Negros, pardos ou indígenas. Vejam com seus próprios olhos. Não permitiremos! #FraudeNasCotasDaUFMT”, narra a legenda da postagem de Brasilino, que alcançou milhares de compartilhamentos na rede social.
Leia mais:
Movimento negro requer ao MPF que investigue fraude em sistema de cotas na UFMT
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Arthur 08/10/2019
E aquela conversa de "AIIIN, eu me sinto um transnegro,trans-isto, trans- aquilo, uma ser no corpo de outro!" - ah, tá" isso só vale para tentativas de lacração em redes sociais, né?
Maria do Socorro 08/10/2019
Como que o TJMT que julgou a ação se o MPF que ingressou? A universidade é federal a competência para julgar também. A matéria não traz nome de desembargador, data de julgamento, está muito estranha....
2 comentários