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Justiça Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2018, 09:34 - A | A

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Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2018, 09h:34 - A | A

GRAMPOLÂNDIA

Juiz diz que "levou susto" quando promotor o alertou sobre escutas clandestinas

JESSICA BACHEGA

Convocado como testemunha de acusação, na ação que investiga grampos ilegais no estado, o juiz da Segunda Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Alexandre Ferreira, é interrogado na manhã desta terça-feira (20). Ele começou a ser ouvido por volta das 09h.

 

Reprodução/HiperNoticias

juiz jorge alexandre

 

O magistrado foi convocado pela Ministério Público Estadual (MPE) para relatar sobre o que sabe sobre as escutas ao juiz Murilo Mesquisa, da 11° Vara Criminal e Justiça Militar e aos membros do Conselho Militar, composto por coronéis que irão julgar os investigados de envolvimento nos grampos. 

 

Jorge Alexandre atuava na comarca de Cáceres (240 km de Cuiabá), quando autorizou as escutas em inquérito que investigava policiais militar envolvidos com tráfico de drogas, homicídios e pistolagem. O inquérito era lícito, porém os investigados tinham inseridos na lista de alvos nomes de pessoas que não tinham qualquer relação com o objeto investigado. 

 

Em depoimento, o juiz disse que foi induzido a erro, pois a lista de nomes de interesse do grupo investigado foi inserido em meio aos nomes dos alvos oficiais em sistema conhecido como “barriga de aluguel”. Quando pessoas que não tem relação com a investigação tem os números incluídos em relação de alvos de escutas em inquérito oficial.

 

O magistrado conta que, em 2014, havia muitas denúncias de que um major comandava o tráfico de drogas na cidade. Que foi iniciadas investigação dos relatos e solicitado apoio do Grupo de Atuação Espacial e Combate do Crime Organizado (Gaeco) para realizar operação contra os investigados. Foram realizadas escutas dos alvos e devido as operação dos Gaeco na Capital, os trabalhos em Cáceres foram suspensos. Fato que foi repassado pelo juiz ao coronel Zaqueu Barbosa que prometeu que as apurações seriam retomadas o quanto antes.

 

Após a conversa, Zaqueu encaminhou lista de escutas ao MPE e a relação era repassada ao juiz, que autorizada nas interceptações devido a urgência dos pedidos. A testemunha afirma que o coronel nunca pediu para incluir nenhum outro nome além dos que estavam em relatório. Diz que não havia qualquer motivo para desconfiar de má fé e restava a ele confiar no militar. "Não havia como ligar para cada número e descobrir de quem era", declara.

 

O magistrado disse que nunca foi ameaçado ou pressionado para autorizar as escutas.

 

Relatou que, em 2015, foi procurado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque que o alertou de que a polícia militar estava agindo ilegalmente e intercetando pessoas que não eram investigadas. "Tomei um susto quando soube. O Mauro então disse que eu nao precisava fazer nada, que ele já havia tomado as providências", afirma o juiz ao finalizar seu depoimento que se estendeu por pouco mais de uma hora. 

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