A juíza Selma Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, protocolou pedido de aposentadoria ao Tribunal de Justiça (TJMT), nesta quinta-feira (22) após 22 anos dedicados à magistratura. Há rumores de que seu desligamento do Judiciário seria para ingresso na carreira política.
Segundo o TJMT, o pedido será analisado por comissão que avaliará se há sindicâncias contra a juíza, se ela recebe outros proventos e a situação da magistrada de forma geral, perante o Poder Judiciário.
Após esta primeira analise, o pedido é encaminhado para o gabinete da presidência, onde será avaliado se Selma Arruda atende aos requisitos para aposentadoria. Preenchidas todas as exigências, o presidente Rui Ramos poderá assinar a aposentadoria da magistrada e o ato deve ser publicado em algumas semanas.
Histórico
A juíza Selma Arruda foi aprovada no concurso para juiz em abril de 1995 e assumiu o cargo em setembro de 1996. Desde 2003 ela atua em comarca de entrância especial.
A frente de uma das mais destacadas varas do fórum de Cuiabá, a magistrada passou a circular sob os holofotes após a deflagração da primeira fase da Operação Sodoma, na qual prendeu o ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e seus secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, em setembro de 2015.
Depois das prisões, houve desdobramentos da Sodoma e deflagração de outras operações que culminaram da detenção de políticos de alto escalão como José Riva, o advogado e ex-secretário de Silval, Francisco Faiad, Pedro Elias, Cesar Zílio, o ex-procurador Francisco de Andrade Lima e outros nomes de destaque no cenário político estadual.
Em entrevistas anteriores a juíza afirmou que pretendia se aposentar esse ano e que não descartava disputar eleições para um cargo no Poder Legislativo.
A juíza responde a uma sindicância no TJ, após denuncia do advogado Francisco Faiad que a acusa de quebra do código de ética da magistratura. O jurista foi preso na quinta fase da Operação Sodoma suspeito de integrar organização criminosa liderada por Silval.
A reportagem do HiperNotícias tentou contato com a juíza, mas ela não atendeu as ligações.
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Carlos Nunes 23/03/2018
Se for candidata ao Senado...terá o meu voto, com certeza. Precisamos renovar o Congresso Nacional, colocando uma nova safra de pessoas, que comecem a escrever uma nova página na história política do Brasil...e a Juíza faz parte dessa nova safra.
Critico 23/03/2018
Interessante magistratura 22 anos de trabalho nos demais, 35. Brincadeira né. Eita paisinho de desigualdades.
2 comentários