Um garimpo que utiliza terras da União no município de Aripuanã (949 km de Cuiabá) pode ter provocado um aumento de quase 300% nos casos de malária na região norte de Mato Grosso.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta-feira (09) mostram uma elevação nos casos de malária em Aripuanã. Em 2018, a cidade teve 180 ocorrências - número que quase triplicou para 532, em 2019.
O garimpo foi alvo da segunda fase da Operação Trype nesta segunda-feira (07). A ação promovida pela Polícia Federal tem como objetivo desativar a unidade para evitar maiores danos ambientais e sociais ao município.
De acordo com informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o garimpo estaria promovendo diversos prejuízos sociais à população de Aripuanã. A exemplo disso está o aumento na taxa de homicídios, tráfico de drogas e prostituição.
No que diz respeito à saúde da população de Aripuanã, a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica promove, desde junho, uma ação de supervisão e treinamento especializado em uso de microscópios e identificação de vetores.
“Neste mês, será realizada uma capacitação aos profissionais da saúde sobre diagnóstico e tratamento do paciente com malária”, apontou a SES por meio de nota.
Em todo o estado de Mato Grosso, houve aumento nos casos de malária. Em 2018, foram 1.006 ocorrências. Porém, em 2019, a unidade federativa notificou 500 novos casos antes mesmo do fechamento do ano, restando o valor atualizado de 1.506
O garimpo
Fundado em 2018, o garimpo já havia sido alvo da primeira fase da Operação Trype. Em novembro do último ano, a polícia esteve no local e realizou a retirada de cerca de dois mil garimpeiros do local.
Contudo, com a deflagração da nova fase da operação, foi comprovado que o garimpo funcionava novamente de forma ativa, uma vez que outro grupo de cerca de dois mil trabalhadores foram expulsos do local.
Em resposta à ação da Polícia Federal, os garimpeiros protestaram na região central da cidade nesta terça-feira (08), a fim de terem seus maquinários e demais bens de volta, uma vez que os objetos foram apreendidos pelos agentes de segurança.
Uma mobilização realizada entre o Executivo municipal e o deputado federal Nelson Barbudo (PSL) foi realizada na tentativa da Casa Civil intervir na ação policial, para que os bens dos garimpeiros fossem liberados.
O prefeito Jonas Rodrigues apontou que a economia da cidade apresentou um balanço positivo após o início das atividades do garimpo. Em um vídeo gravado com o deputado Barbudo, o gestor aponta que Aripuanã as finanças do município melhoraram com a atuação da mineração.
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