A notícia foi divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão/Broadcast Político com fonte do Palácio do Planalto. O mesmo auxiliar do presidente nega que o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, do canal Terça Livre, acompanhará a comitiva. Bolsonaro compartilhou nas redes sociais nesta quarta-feira, 18, vídeo da índia sobre os incêndios na Floresta Amazônica. Na gravação, Ysani aparece na aldeia e afirma: "Existe muitas fake news sobre as queimadas, que é culpa do governo Bolsonaro... Não existe isso aí". Segundo ela, as queimadas são parte da cultura local para limpar terrenos. "Não é porque entrou novo governo que ele tá queimando tudo", afirmou.
De acordo com auxiliares que acompanham os preparativos para a viagem a Nova York, Bolsonaro está "animado" com a oportunidade de defender, no discurso de abertura do evento, a própria versão sobre o fogo na Amazônia e a política sobre meio ambiente do Poder Executivo.
A comitiva do presidente partirá de Brasília nesta segunda-feira. Bolsonaro deve discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU na terça-feira, 24. O retorno ao Brasil será na quarta-feira, 25. O Estadão publicou que ele deve valer-se do discurso para enviar "recados" à comunidade internacional. A previsão é de que Bolsonaro repita que o Executivo brasileiro não tolera crimes ambientais, defenda a soberania no País, mostre dados para reforçar que as queimadas estão na média de anos anteriores. O pronunciamento ainda deve sugerir que há "má vontade" de outros países com a sua gestão.
O Palácio do Planalto não confirma os nomes que irão a Nova York. O Estadão/Broadcast Político apurou que devem viajar aos EUA a primeira-dama Michelle Bolsonaro, os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Augusto Heleno; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; do Meio Ambiente, Ricardo Salles; de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Além deles, o secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten; o médico da Presidência Ricardo Camarinha; o assessor para Assuntos Internacionais, Filipe Martins; o chefe da assessoria especial, Célio Júnior, e o diplomata Carlos França. Ainda participam da delegação os presidentes das Comissões de Relações Exteriores (CRE) da Câmara, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente e virtual indicado ao cargo de embaixador do Brasil nos EUA, e do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS).
O Palácio do Itamaraty confirma que o Planalto pediu credenciamento na delegação brasileira de aliados do líder da oposição ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, Juan Guaidó. "Essa medida excepcional foi tomada como forma de assegurar a devida representação na ONU, que aceita apenas nomes indicados pelo regime ditatorial de Caracas", afirma o Ministério das Relações Exteriores.
(Com Agência Estado)
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