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Terça-feira, 10 de Setembro de 2019, 13h:32

“Se ele não me quer ao lado, porque eu vou constrangê-lo?”, diz Emanuel sobre Mendes

FERNANDA ESCOUTO

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), comentou nesta terça-feira (10) o motivo de sua ausência no desfile cívico-militar alusivo às comemorações da Independência do Brasil, realizado no último sábado (07), na Capital. Segundo ele, a presença do governador Mauro Mendes (DEM) no local o fez tomar a decisão de não participar do ato. “Se ele não me quer ao lado dele, porque eu vou constrangê-lo?”, disse Emanuel.

Alan Cosme/HiperNoticias

Emanuel e mauro

 Emanuel relembrou sua atuação como coordenador de campanha de Mendes, em 2012.

Na última semana, o prefeito cobrou uma dívida de R$ 68 milhões, referentes aos repasses à Saúde, e destacou a falta de diálogo com o Executivo. Em clima de “bateu, levou”, Mendes contra-atacou e disse que o prefeito "falava muito, trabalhava pouco e mentia bastante".

Emanuel afirmou que tem se sentido terrivelmente hostilizado pelo governador e destacou desconhecer o motivo de tanta crítica. “O governador tem me hostilizado terrivelmente em público. Por algumas vezes, tem faltado com respeito comigo, como prefeito da Capital. Não precisa ficar batendo foto, ficar junto, já que ele não quer, já que ele está se sentindo tão mal com a minha presença, então deixa ele tocar as atividades dele e torço que dê certo”.

As declarações de Emanuel Pinheiro ocorreram durante o lançamento do Programa Hora Estendida em unidades de Saúde da Atenção Básica, no bairro Tijucal, nesta manhã.

Emanuel chegou a enfatizar que foi coordenador da campanha vitoriosa de Mauro Mendes a prefeito de Cuiabá, em 2012, e que por isso estranha a proporção dos comentários.

“Ele está bem diferente de quando fui coordenador da campanha dele. A gente convivia muito bem. Sempre nos demos muito bem. Até conversei com o deputado Paulo Araújo (PP), amigo em comum, para tentar descobrir o porquê, mas também não quero fazer disso um tópico. O que importa é que ele atenda Cuiabá, porque o Governo do Estado precisa de Cuiabá, e vice-versa. Eu só quero isso, uma relação institucional de alto nível”, completou.

Atraso nos repasses

Ainda no evento, Emanuel reafirmou que o Estado deve à Secretaria Municipal de Saúde o valor de R$ 68 milhões. “Eu não quero cobrar o que o Estado não deve à Saúde Pública da população, mas não vou perdoar um centavo do Estado ou da União que é devido à saúde municipal”, disse o prefeito.

Apesar da cobrança pública, Mendes diz que, de fato, há um débito, mas seria no valor de R$ 39 milhões, referente a restos a pagar do ex-governador Pedro Taques. Segundo ele, desde que tomou posse em janeiro deste ano, todos os valores têm sido repassados mês a mês.

Conforme o prefeito, o valor em atraso é referente aos serviços de Atenção Básica, Assistência Farmacêutica, MAC Assistência (para UTIs, Média e Alta Complexidade, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgias Cardíacas Pediátricas e Neonatal), MAC Assistência para UPAs, e para Portarias que destinam recursos para o Pronto-Socorro e Cirurgias Cardíacas com Toracotomia.

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