O presidente da Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam), o juiz Tiago Abreu, voltou atrás e afirmou que não se referiu especificamente a membros do Ministério Público Estadual (MP-MT), quando previu a possibilidade de prisões, por conta do esquema de interceptações telefônicas ilegais, conhecido como Grampolândia Pantaneira.
Nesta quinta-feira (08), o Correio Braziliense divulgou uma matéria, na qual Abreu diz que as investigações sobre supostas irregularidades cometidas por membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no Estado podem levar à "primeira prisão em massa de promotores de justiça do país”.
A afirmação teria sido feita em mensagem de áudio enviada pelo presidente da Amam a um magistrado de Brasília, à qual o veículo de comunicação teve acesso.
De acordo com nota da Amam enviada à imprensa, quando o juiz falou sobre prisões, ele se referiu a qualquer cidadão envolvido no escândalo dos grampos ilegais, desde que, óbvio, comprovada a sua participação.
“O magistrado tem reiterado tal observação todas as vezes em que é questionado sobre o caso, o que se torna, portanto, uma declaração pública, sem quaisquer intenções outras que não a de analisar qual seria a postura comum do Poder Judiciário”, diz trecho do documento.
Ainda na nota, o presidente da entidade fez questão de parabenizar a atuação dos magistrados envolvidos nos processos do esquema de escutas clandestinas, que conduzem as ações de maneira célere e respeitando todas as normas processuais.
“A Amam reitera o respeito ao Ministério Público e o trabalho do Gaeco, que muito já contribuiu no combate ao crime organizado, e reconhece o importante trabalho realizado por seus membros ao longo dos anos junto à sociedade mato-grossense”.
Leia na íntegra a nota da Associação Mato-grossense de Magistrados:
A Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam) vem a público esclarecer que as declarações dadas pelo presidente da entidade, juiz Tiago Abreu, sobre possíveis prisões se referem a qualquer cidadão envolvido no escândalo conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. Desde que, óbvio, comprovada a sua participação.
O magistrado tem reiterado tal observação todas as vezes em que é questionado sobre o caso, o que se torna, portanto, uma declaração pública, sem quaisquer intenções outras que não a de analisar qual seria a postura comum do Poder Judiciário.
Em entrevista concedida esta semana a uma emissora de rádio da Capital, o juiz Tiago Abreu chegou a comentar o caso, afirmando: “se ficar constatada esta intempérie acredito que teremos muitas prisões e isto irá despertar uma reorganização, uma restruturação de todo o aparato que hoje é montado com a finalidade de desbaratar o crime organizado”.
O magistrado defendeu a postura do Poder Judiciário na condução do processo e acredita que, comprovando-se tudo que vem sendo falado até o momento nas audiências pelos envolvidos no caso em questão, este será um dos maiores atentados à democracia dentro do Estado Democrático de Direito desde a sua redemocratização.
O presidente da entidade ainda faz questão de parabenizar a atuação dos magistrados envolvidos nos processos da “Grampolândia Pantaneira”, que conduzem as ações de maneira célere e respeitando todas as normas processuais.
A Amamreitera o respeito ao Ministério Público e o trabalho do Gaeco, que muito já contribuiu no combate ao crime organizado, e reconhece o importante trabalho realizado por seus membros ao longo dos anos junto a sociedade mato-grossense.
A entidade reforça que está vigilante na defesa e manutenção do respeito ao Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso
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