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Justiça Quarta-feira, 07 de Agosto de 2019, 14:10 - A | A

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Quarta-feira, 07 de Agosto de 2019, 14h:10 - A | A

GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

Participação da OAB gera conflitos de interesse, diz procurador

FERNANDA ESCOUTO

Alan Cosme/HiperNoticias

jose antonio borges

 

O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, afirmou que a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Mato Grosso, nas investigações relativas aos processos do esquema de interceptações telefônicas ilegais, conhecido como Grampolândia Pantaneira, gera conflitos de interesse.

Segundo ele, muitos profissionais estariam procurando à Justiça com o objetivo de anular operações deflagradas pelo Ministério Público Estadual (MPMT).

“A questão da OAB querer participar das investigações gera conflitos de interesse. Alguns querendo que seus clientes façam delação premiada e outros querendo anular operações”, disse em entrevista ao Bom dia MT, desta quarta-feira (07).

“É lamentável a gente saber agora que muitos advogados estão fazendo fila no gabinete do desembargador Orlando Perri buscando anular processos”, completou.

 À 11ª Vara Militar de Cuiabá, o réu na Grampolândia, o cabo da PM Gerson Luiz Corrêa afirmou que mais de dez operações movidas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) seriam iniciadas com a prática de barriga de aluguel, isso é, quando há a inclusão de telefones de pessoas comuns junto à uma investigação já em andamento.

O militar citou o caso do ex-prefeito de Sinop e atual deputado federal Juarez Costa, que em 2016 foi alvo da Operação Sorrelfa. Segundo Gerson, o parlamentar foi grampeado com esse mesmo modus operandi. Entretanto, a informação foi negada pelo procurador-geral de Justiça, que destacou que o ex-prefeito foi investigado de forma legal.

“Houve interceptação de 40 telefones, é verdade. Tinham nove alvos. Naturalmente que o prefeito não usava o telefone dele, ele usava de terceiros e isso a Inteligência descobriu. Por isso o telefone dele não estava interceptado ou estava, mas ele não usava”, disse.

“Independente do suposto grampo desses 40 telefones, existe um apartamento de R$ 10 milhões em Camboriú, isso não é crime de lavagem de dinheiro? Essa é a questão”, argumentou.

O Gaeco realizou no dia 15 de setembro de 2016 busca e apreensão na casa do ex-prefeito de Sinop, Juarez Costa, com o objetivo de investigar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

Outro lado

Recentemente, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, Leonardo Campos, afirmou que, apesar de uma possível resistência do Ministério Público Estadual (MPMT), a OAB é uma instituição legítima para acompanhar as investigações, tanto que a Justiça reconheceu a legitimidade e a legalidade do acompanhamento da Ordem no processo.

A reportagem entrou em contato com o deputado federal Juarez Costa, porém ele não atendeu as ligações. Conforme sua assessoria de imprensa, o fato revelado pelo procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, causou surpresa e a equipe jurídica do parlamentar será acionada. 

O espaço para respostas segue em aberto.

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