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Segunda-feira, 05 de Agosto de 2019, 09h:31

Mato Grosso produz mais carne por animal do que a média do país

Animais mais pesados e mais jovens são destaques na produção mato-grossense

REDAÇÃO

A produtividade mato-grossense de carne é 5% superior à média nacional. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o peso-médio da carcaça em Mato Grosso foi de 258,63 kg por animal e o peso-médio do país foi de 246,11 kg por animal no primeiro trimestre deste ano. Nos últimos cinco anos, comparando o peso-médio da carcaça no primeiro trimestre de 2014 com o registro de igual período em 2019, os animais abatidos no estado registraram um ganho de 7%.

Divulgação/Abiec

Carne em frigor?fico

Foto ilustrativa

A evolução e o bom desempenho da pecuária de corte mato-grossense também podem ser comprovados com o crescimento no volume de animais abatidos e do rebanho. Ou seja, Mato Grosso está abatendo mais animais e aumentando sua produção.

 De acordo com o levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), de janeiro a junho deste ano, foram abatidos 2.688 milhões de animais pelas indústrias do estado, número 9% maior do que o registrado no mesmo período de 2018. Já o rebanho bovino, neste intervalo de tempo, passou de 30.073 milhões para 30.336 milhões de animais.

O presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC), Guilherme Linares Nolasco, explica que os investimentos em tecnologia têm garantido o crescimento da pecuária de corte em alinhamento com as demandas por carne de qualidade. “Além do crescimento em número de abates e pesos de carcaças, também conseguimos reduzir a idade média dos animais abatidos, o que tem relação direta com a qualidade da carne produzida e aumento de produtividade”, analisa Nolasco.

Levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), em 2014, mostra que 10% dos animais abatidos no estado tinham até 24 meses e 60% tinham até 36 meses de idade. Ano passado a participação dos animais com até 24 meses passou para 17% e com até 36 meses passou para 65% do total abatido. “A terminação dos animais está mais rápida, reduzindo o tempo de produção e quanto mais jovem o animal, melhor é o sabor e a maciez da carne produzida”, explica Guilherme Nolasco.

Entre as tecnologias que viabilizam o desenvolvimento da pecuária de corte, Nolasco cita o melhoramento genético com a seleção de animais superiores e cruzamento industrial, a suplementação alimentar nos animais a pasto e em confinamentos, e a recuperação de áreas de pastagem com a integração lavoura-pecuária.

“O mundo precisa conhecer os atributos na nossa produção. Só assim vamos ampliar as vendas de carne com maios valor agregado. O IMAC trabalha na divulgação desses dados e na aproximação dos integrantes da cadeia produtiva com os compradores mundiais. Governo, indústrias e produtores devem buscar o mesmo discurso para potencializar os resultados”, Nolasco.