O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) investiu em seu primeiro ano de gestão 40,75% a mais em Saúde, na Capital, do que o ex-prefeito Mauro Mendes (DEM) investiu em seu último ano de mandato à frente do Palácio Alencastro. Em 2017, conforme balancete aprovado nessa quinta-feira pelo Tribunal de Contas (TCE-MT), o investimento na Saúde Pública foi de 41,10%, ante 29,20% de 2016, o que corresponde a quase 12 pontos percentuais a mais. Porém, os recursos foram mal aplicados, de acordo com a Corte de Contas.
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“Nos indicadores que apontam as melhorias nos serviços públicos, caiu a qualidade das políticas de Saúde. Era 4,5% na gestão de Mauro Mendes e caiu para 4% com Emanuel Pinheiro. Ou seja, Emanuel, gastou 41% das receitas-base do município e aí só foram notícias de falta de medicamentos. Eu cheguei a convidar a secretária de Saúde na época, para vir prestar contas aqui na Câmara,então pra onde é que foi esse dinheiro?”, indagou o vereador Dilemário Alencar (PROS), acrescentando que, “logo no ano seguinte foi preso o [ex] secretário de Saúde [Huark Douglas]”.
O limite constitucional para investimento na Saúde Pública é de R$ 15% da receita municipal.
Já o vereador Chico Dois Mil (PL), que foi o relator das contas de 2017 de Emanuel Pinheiro, elogiou o emedebista que, na âmbito geral, ”melhorou a posição do município de Cuiabá, indo de 103º para 35º, além de também ter aplicado na Educação 94% dos recursos do Fundeb, na valorização dos profissionais da rede municipal. Portanto, não tem outro parecer que não seja pela aprovação dessas contas”.
Em plenário, o prefeito fez valer sua força e por 14 votos a 7 teve suas contas de 2017 aprovadas, tal como já recomendava o parecer do TCE-MT.
Além dos cinco assumidos oposicionistas, também refutaram o balancete de Emanuel os vereadores Kero Kero (PSL) e Lilo Pinheiro (PRP), sendo que esse último, além de ter sido o último líder do prefeito na Câmara, é primo de Emanuel.
As contas do exercício/2018 da gestão Emanuel Pinheiro ainda não foram apreciadas pelo TCE.