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Terça-feira, 09 de Julho de 2019, 19h:00

Prefeito insinua falta de sensibilidade e respeito de Mendes com a categoria da Educação

FERNANDA ESCOUTO

Em meio à uma crise entre o governo do Estado e os profissionais da Educação, devido a paralisação nos trabalhos desde o dia 27 de maio, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), criticou o posicionamento do chefe do Executivo Mauro Mendes (DEM) para com a categoria.

Alan Cosme/HNT/HiperNoticias

emanuel pinheiro/HMC/3 fase

 Prefeito Emanuel Pinheiro

A avaliação aconteceu durante o lançamento do concurso público da Educação na Capital, na tarde desta terça-feira (9).

“Eu não quero julgar o governador, quero dizer que aqui em Cuiabá, o prefeito da Capital tem toda a sensibilidade, respeito e admiração pela categoria, pelos profissionais da Educação e pelos seus representantes do Sindicato dos Profissionais do Ensino Público de Mato Grosso [Sintep-MT], que lutam pelos seus direitos, são bravos, guerreiros, mas sabem conversar, respeitam os limites da administração pública sem deixar de negociar os interesses da categoria”, disse o prefeito.

“Essa relação respeitosa, republicana de alto nível, ela é fundamental para se promover todo e qualquer avanço. Existe dificuldades, existe limitações, existe impasses, mas acima de tudo, havendo a boa vontade e o respeito pela categoria e pelo seu segmento organizado, todo avanço é uma conquista assegurada”, completou.

Professores da rede estadual iniciaram o movimento no dia 27 de maio. As principais reivindicações da categoria são o cumprimento da Lei 510/2013, a Lei da Dobra, que reajusta os salários em 7,69% este ano e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA). Entretanto, o governo do Estado alega que não pode dar atender essas demandas, devido ao estouro na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), além da crise financeira.

Ainda em tom de desaprovação ao posicionamento de Mauro Mendes, Emanuel Pinheiro avaliou que qualquer decisão que não seja pagar a RGA aos servidores pode ser vista como retrocesso e falta de respeito aos servidores.

"RGA não se discute, se paga e se cumpre. RGA não é aumento, não é reajuste, é recomposição das perdas inflacionárias do ano anterior. É uma conquista, é um direito constitucional, assegurado em lei. Portanto, qualquer ação contra a RGA é um retrocesso, um desrespeito à categoria e ao trabalhador", pontuou o prefeito.

“A prefeitura faz o dever de casa, nossas contas estão equilibradas, prezamos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora baixei um decreto, um comitê técnico de ajuste fiscal. Temos nossas prioridades e investir na educação pública é prioridade. Investir no servidor público é prioridade na gestão Emanuel Pinheiro. Não sobre dinheiro, isso é fazer as prioridades. Administrar, fazer gestão é isso”, finalizou.