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Sexta-feira, 21 de Junho de 2019, 14h:00

O grande protesto

EDUARDO POVOAS

Arquivo pessoal

Eduardo Povoas

Ontem os amantes do cavalo deram uma demonstração de civilidade, de companheirismo, de união e de cidadania.

Organizaram uma passeata para mostrar à sociedade que não somos e jamais seremos “incineradores de animais” como o MP tenta erradamente e talvez (talvez não, hoje tenho certeza) influenciado por algumas ONGs sem conhecimento de causa.

Lição de companheirismo quando recebemos aqui em Cuiabá apaixonados pela causa, companheiros de outros estados e de várias cidades de Mato Grosso.

Lição de cidadania ao contratar cidadãos responsáveis pela limpeza de nossas ruas das fezes dos animais e não dividir com a comunidade a sujeira por nós provocada.

Paramos a cidade para mostrar as autoridades competentes que amamos sim, que sabemos tratar como ninguém do nossos maiores parceiros, o cavalo e o boi. Ninguém tem mais autoridade de oferecer à essas “estrelas” as melhores condições de vida como nós, pois vivemos deles e para eles. Você conhece alguém que destrata seu grande amor? Seria nós, como alguns insistem em dizer, a praticar isso?

A tarde participamos de uma audiência pública na Assembleia Legislativa sobre maus tratos a animais. Vieram técnicos, peritos e profissionais liberais da ABQM (associação Brasileira de Quarto de Milha) de São Paulo para nos dar suporte.

Nessa audiência estavam presentes duas cidadãs que se diziam protetoras de animais.

A palavra foi dada a uma delas que a princípio se identifica, como que seu título fosse amedrontar a plateia, a maioria de bota e calça jeans, mal sabendo a depoente que dentro das calças jeans e das botas encontravam-se cidadão, em sua grande maioria detentores de diploma superior. Pasmem senhores o que fomos obrigados a ouvir dessa pretensa defensores de animais. Diz ela:” o animal, no caso o boi, não reclama de entrar nas arenas de competição pois não sabe reclamar. Entra contra sua vontade”.

Cara, como eu vou aguentar ouvir isso. Pensei: deveria ficar em casa engraxando minha bota e não vir aqui para escutar tamanha baboseira.

Pedi a palavra e a contra gosto o Deputado presidente da Audiência Pública, me concede.

Disse a depoente o seguinte: Vou dar um conselho à Sra. Avise aos irmãos Batista, donos da JBS, para parar com o abatimento dos bois, ou para o matadouro eles vão com muita vontade?

Esse é o tipo de gente que goza de uma credibilidade ímpar do Ministério Público. Pessoas desse naipe, totalmente despreparada e gozando desse enorme prestigio do Ministério Público pois a escuta e te dá razão absoluta nas suas vociferações, podendo provocar a desgraça de uma família. Estes sim, tem ressonância nas suas denúncias junto a essas autoridades, em detrimento da outra parte que sequer é chamada para ser ouvida. Se você dúvida, consulte os anais da Tv Assembleia que deve ter tudo gravado.

Esses membros “defensores de animais” confessam publicamente que em casa tem um gatinho e um cachorrinho, o que acham eles, que isto lhes confere o status de maiores defensores de animais.

A você que me lê, conheça nosso trabalho. Leve sua família nos locais que se trabalham com cavalos e bois. Antes De colocar algum comentário no rodapé deste artigo, conheça nosso trabalho, veja como vivem nossos filhos com os animais. Não faça como pretensos “defensores de animais” que falam muito sem conhecimento de causa. Duvido que você e sua família não se apaixonarão.

 

*EDUARDO PÓVOAS é pós graduado pela UFRJ.