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Terça-feira, 18 de Junho de 2019, 09h:00

Comandante do Bope depõe e critica policiais acusados da morte do tenente Scheifer

JOAO AGUIAR

O comandante-geral do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar), coronel Ronaldo Roque da Silva, criticou a conduta dos policias envolvidos no caso do tenente Carlos Henrique Scheifer. O caso teve grande repercusão em 2017, quando Scheifer foi morto em uma simulação de confronto.

Gcom

Tenente SCheifer bope que morreu

 Tenente Crlos Henrique Scheifer

O coronel prestou depoimento nessa segunda-feira (17) em audiência na 11ª Vara Criminal de Cuiabá, conduzida pelo juiz Marcos Faleiros. Ele afirmou que “a conduta deles foi absurda e não condiz com o que se vê em treinamento. Ter apenas um único tiro e não responder não está de acordo com o que é treinado”.

"Foi emboscado? Cada qual responde (com fogo) na sua área de responsabilidade, resgata para depois escolher para onde vai. Se deu a situação lá. 'Policial ferido'. Nós vamos atirar e sustentar fogo, porque nós temos obrigação de resgatar o colega. A conduta de haver um único tiro e não ter resposta não é condizente com o treinamento", declarou no interrogatório.

Durante o depoimento, o comandante teceu duras críticas ao grupo. “Eles terem inventado tudo é muito grave. A mentira vai contra tudo o que o Bope prega”, disse o coronel.

Relembre o caso

O tenente Carlos Henrique Paschiotto Scheifer, 27 anos, estava lotado na equipe do  Bope e foi morto em maio de 2017, após uma simulação de confronto entre bandidos. Ele foi atingido com um tiro no abdômen, em um distrito rural de Peixoto de Azevedo (700 km de Cuiabá). 

Várias versões foram dadas para morte de Scheifer e todas desmentidas pelo coronel da Polícia Militar Carlos Eduardo Pinheiro da Silva. Ele alega que não existiu confronto e, sim, que o tiro que atingiu o tenente partiu da arma de um de seus colegas de patrulhamento.