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Artigos Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2019, 08:00 - A | A

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Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2019, 08h:00 - A | A

Era Bolsonaro, Língua de Sinais e políticas de Educação inclusiva

os assuntos que dizem respeito às pessoas com deficiência no Brasil esbarram nas questões do ensino público e precisam da atenção dos poderes

IVETE BARROS

Assessoria

Ivete Barros

 

Em meio à repercussão gerada pelo discurso em Libras de Michelle Bolsonaro – esposa do recém-empossado presidente Jair Bolsonaro –, foi suscitado um importante debate sobre a inclusão social de Pessoas com Deficiência (PCD) no Brasil. A manifestação, traduzida por uma especialista em Língua Brasileira de Sinais, emocionou boa parte do país durante a cerimônia de posse do novo presidente.

 

Contudo, passada a emoção, é possível avaliar de que forma o novo governo pode fazer jus a esse discurso de inclusão social; pois seria muito triste se essa visibilidade fosse reduzida exclusivamente ao favoritismo imediato dos eleitores.

 

Como professora e psicopedagoga, destaco que a Política Nacional de Pessoas com Deficiência, apesar de já vigente, é extremamente falha e merece ser uma das prioridades do Governo Federal. Digo isso porque, diante de uma quebra de protocolo tão simbólica como àquela recentemente protagonizada por Michelle, são inadmissíveis as falhas que se relacionam, por exemplo, à tradução em Libras durante as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) – como aconteceu com uma aluna surda em 2014.

 

Também necessita da atenção da administração pública um amplo espectro de deficientes físicos e mentais, logo, o Estado deve estar impecavelmente adaptado às singularidades de todos esses cidadãos. No meu cotidiano como educadora, assisto à evolução de alunos com deficiência e aprendi a entender que cada ser humano, seja ele deficiente ou não, tem um tempo de aprendizagem.

 

A flexibilização da Educação no Brasil – a meu ver, muito inviabilizada pelo projeto Escola Ciclada – é uma das formas de levar autonomia às pessoas com deficiência. Acredito que um ensino de qualidade tem o poder de libertação, de dar asas aos sonhos e à inteligência humana. Por isso, defendo que não vale a pena coibir a reprovação de alunos ou apostar incansavelmente na padronização da Educação pública, porque o ensino surge de um processo individualizado que permite a compreensão das necessidades de cada um.

 

Especialista em ensino infantil, escrevo para reforçar que os assuntos que dizem respeito às pessoas com deficiência no Brasil esbarram nas questões do ensino público e precisam da atenção dos poderes. Espero verdadeiramente que o Governo Federal não dê as costas a um assunto que gerou tanta repercussão durante a primeira semana de mandato do novo presidente e que é tão fundamental para redenção deste país.

 

*IVETE BARROS é psicopedagoga e professora da Rede Pública de Ensino.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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