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Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2018, 07h:00

Tipos de criança e a reencarnação

Criança é um Espírito que reencarnou e que é, simplesmente, a continuação de si mesma da encarnação anterior...

EMANUELLE CALGARO*

Mayke Toscano

Emanuelle Calgaro

 

 

Sob a ótica da Reencarnação, uma criança é um Espírito que reencarnou e que é, simplesmente, a continuação de si mesma da encarnação anterior, e esta, das anteriores. Podemos, então, a partir desse pressuposto, iniciar um estudo dos tipos de crianças do ponto de vista reencarnacionista, que, certamente, expande enormemente a compreensão a respeito do assunto.

Por quê cada criança é diferente das outras? Por quê irmãos são, muitas vezes, tão diferentes entre si?

A Psicologia tradicional, herdeira da crença não-reencarnacionista advinda da decisão católica do II Concílio de Constantinopla de 553 d. C., atribui essa circunstância a fatores genéticos, hereditários e ambientais, quando a explicação para isso é muito simples ao entendermos um dos pilares básicos da Psicoterapia Reencarnacionista, a Personalidade Congênita, que diz simplesmente que “Somos como somos pois nascemos assim.”, e aí, então, podemos pretender entender, até onde é possível, os diversos tipos de crianças e suas características de personalidade. Vamos analisar alguns tipos de meninos e de meninas à luz da Reencarnação:

Meninos que foram homens na encarnação anterior

  1. E tinham características de “macho”, baseadas na força física. Esses meninos que nasceram masculinos, provavelmente foram desse gênero sexual em várias vidas passadas e trazem esse hábito, uma tendência a serem autoritários, dogmáticos, fortes fisicamente, apreciam esportes em que esses valores tenham importância, aventuras, correr riscos, competições egóicas, vencer os demais, exibicionismo, machismo, hipersexualidade.
  2. E tinham características mais intelectuais do que físicas. Esses meninos tendem a ser mais estudiosos, compenetrados, reservados, apreciarem esportes e atividades mais mentais do que corporais, destacarem-se nos estudos e optarem por atividades e, mais tarde, por profissões que priorizem o intelecto.
  3. E tinham uma vida solitária, ensimesmada, mais espiritual. Esses meninos tendem a se isolar, gostarem do silêncio, terem poucos amigos, serem mais calados, com frequência são respeitosos e formais.
  4. E tinham hábitos autodestrutivos, como entregarem-se para a depressão, tendência suicida, alcoolismo, tabagismo, uso de substâncias. Como, de uma encarnação para outra, só mudamos de “casca”, os eleitos pais desses Espíritos podem detectar essas tendências precocemente e ajudá-los a curar-se delas.

     

  5. E tinham hábitos excessivamente terrenos, materialistas. Esses meninos, desde pequenos, demonstram que dão preferência aos bens materiais, à aparência, à busca de excessivo conforto ou luxo, o prazer pessoal, muitas vezes, atitudes desonestas, de levar vantagem sobre as outras crianças, podendo demonstrar até tendências psicopáticas. 

Meninos que foram mulheres na encarnação anterior

  1. E tinham características de sensibilidade, gentileza, criatividade. Esses meninos muito provavelmente terão uma enorme dificuldade de adaptação ao gênero masculino e, desde pequenos, serão mais femininos do que masculinos (segundo os padrões estabelecidos pela nossa sociedade machista), terão preferência pela companhia das meninas, gostariam de ser como elas, sofrerão bullying, e poderão, até, optar, inconscientemente, pela homossexualidade, procurando um “marido macho”.
  2. E tinham características de rebeldia contra a discriminação e prepotência masculina contra as mulheres naquela época. Esses meninos poderão optar pelo mesmo modelo machista que tanto condenavam quando eram mulheres no passado ou tornarem-se defensores da causa feminista pela igualdade de direitos.
  3. E tinham características masculinas. Esses meninos terão fácil adaptação ao gênero masculino atual, pois eram mulheres yang na vida anterior.

Meninas que foram mulheres na encarnação anterior 

  1. E tinham características femininas de maternidade, suavidade, doçura. Essas meninas, desde bem pequenas, revelarão essas características, adorarão brincar de boneca, e suspirarão ao imaginarem-se casadas com o príncipe encantado.
  2. E tinham características masculinas de autoritarismo e força física. Quase certamente não se sentirão confortáveis novamente em um corpo feminino e desde pequenas irão preferir a companhia dos meninos, esportes e atividades masculinas, querer ser com eles e até melhores, e não gostarão de olharem-se no espelho e não terem pênis.
  3. E tinham uma tendência à religiosidade. Como algumas religiões confundem castidade com pureza e acreditam que essa está no hímen ou no pênis, as meninas que foram, por exemplo, freiras na vida passada, podem trazer consigo, dentro de seu Inconsciente, um conflito a esse respeito, um bloqueio na sexualidade, como se fosse uma coisa “suja” e, talvez, uma culpa por seus pensamentos “pecaminosos” naquela vida.

Meninas que foram homens na encarnação anterior

  1. E tinham características de homem “macho”. É praticamente o mesmo caso das meninas que foram mulheres “masculinas”, mas talvez ainda mais radical. Desde pequenas querem ser como o papai, vestir as suas roupas, jogar futebol, arrotar, beber cerveja, enfrentar os costumes machistas da nossa sociedade, depreciar sua mãe, inconscientemente queriam continuar sendo como aquele homem, mas vieram mulher.
  2. E tinham características femininas. A mudança de gênero sexual será bem fácil pois já vêm femininas, e provavelmente se sentirão até bem mais confortáveis nesse papel de mulher do que na vida anterior quando eram homem.
  3. E tinham uma tendência de isolamento, solidão. Essas meninas, além da dificuldade inerente à mudança de gênero sexual da encarnação anterior para essa, terão de lidar com essa tendência, o que será prejudicado pelo ensimesmamento, pela introversão, guardar suas coisas apenas para si.

Evidentemente, um estudo a esse respeito, como estou propondo aqui, sob a ótica reencarnacionista, é bem mais profundo do que uma mera tentativa de classificar alguns tipos de crianças em algumas opções e sub-opções.

Cada menino e cada menina tem uma história kármica própria, vidas passadas inteiramente diversas uns dos outros, traumas, dores psíquicas, sofrimentos, alegrias, prazeres, vitórias, derrotas, conquistas, perdas, absolutamente individuais, e que jazem adormecidas, ou não, dentro do seu Inconsciente, e que a originalidade de alguns pesquisadores do passado, o Dr. Freud como o mais conhecido deles aqui no Ocidente, anteviu como um material de pesquisa e busca de entendimento da maior importância a respeito das características demonstradas pelas crianças, incluindo a sexualidade infantil.

Esses pesquisadores que, por limitações próprias, limitaram seu campo de pesquisa à crença religiosa vigente na época, não-reencarnacionista, chegaram a conclusões superficiais, muitas vezes travestidas de uma aparente profundidade, baseadas na genética, em hipotéticas causas inconscientes como o “Complexo de Édipo” e “O Complexo de Electra” e, frequentemente, e que continua até os dias de hoje, atribuindo a responsabilidade ou a “culpa” disso aos pais e outros coadjuvantes da infância de crianças com características difíceis de entender, pela ótica psicológica oficial não-reencarnacionista.

A grande colaboração que a noção da Reencarnação traz para a compreensão a respeito dessas crianças e, principalmente, o seu braço psicoterapêutico, a Psicoterapia Reencarnacionista e a recordação de vidas passadas, chamada, por força do hábito, de “regressão” a vidas passadas, é a possibilidade, acessando o registro de algumas encarnações anteriores dessas crianças, como se fosse o Telão no período intervidas, termos a possibilidade, nós e seus pais, de entendermos o que jaz submerso em um baú fechado dentro do subsolo de sua Consciência e, com isso, podermos lidar bem melhor com essa questão, no sentido de estabelecermos uma orientação em relação a essas crianças, sem preconceito, sem crítica, sem condenação, sem nenhuma postura ou procedimento que infrinjam a Ética do Amor e do Respeito.

(*) EMANUELLE CALGARO é Psicoterapeuta Reencarnacionista, formada pela Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista – ABPR. E-mail: [email protected]