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Segunda-feira, 03 de Dezembro de 2018, 16h:54

Fim de um governo

O governo só termina, quando a pessoa do governador tiver a consciência de tudo que fez

WILSON CARLOS FUÁH

 

Divulgação

wilson fuá

 

Constitucionalmente, o atual governo se encerra em 31 de dezembro de 2018, alguns até dirão que o fim da administração deste governo chegará  com a posse do novo governador no dia 01 de janeiro de 2019.

A verdade é que o governo só termina quando o mandatário máximo do estado puder olhar no rosto de toda a população, e não ter a vergonha de pedir desculpas pelos erros cometidos, pelas obras inacabadas, pela falta de serviços essências na saúde, na segurança pública e no sistema educacional.
O governo só terminará quando o seu dirigente máximo puder levantar da cama no primeiro dia do seu substituto, e sentir sem remorsos do que fez nos quatro anos de mandato, e com base no seu desempenho e com o resultado positivo das suas obras, esperar que a  história o coloque como um grande estadista, pois ao contrário, estará sendo agrupado entre aqueles que entrará na fila do ostracismo.
O governo passado, estará respondendo pelos seus atos por anos e anos, por isso, as pessoa física do ex-mandatário e dos ex-auxiliares,  continuarão em evidências por linhas indiretas, pois mesmo que o novo Governador tome posse e dê posse aos novos Secretários, o passado estará sendo investigado e relembrado, pois haverão CPIs; haverão Operações com nomes mais sugestivos e quantos PAD’s estarão sendo instalados?

Dessa forma todos os dados do passado serão levantados como parâmetros para tomadas de decisões futuras, mas tudo será investigado para comprovação de ilegalidade ou legalidade dos atos passados, estes  serão passíveis comprovações dos desvios de condutas em desfavor do erário.
Ainda que para dar uma nova imagem e uma nova marca do novo governo, é necessário que este, produza fatos novos enquanto “tome pé” da situação do orçamento, dos números da receita e da despesa do estado, sabendo que enquanto isso, os dias seguem desobedecendo ao novo poder, e que ao completar o mês de janeiro, este cobrará os compromissos que se encerram a cada mês  e com o desenrolar dos dias e dos meses, ao encerrar o primeiro ano este servirá de parâmetro para confirmar que os pactos de campanha estão sendo cumpridos, pois do contrário, os discursos de campanha,  ficarão no eco das vozes que se perderam ao ar ou foram esquecidos ao desmanchar do palanque. 
Os caminhos que percorremos durante nossa existência, nos levam a uma mística individualizada e continuar a percorrer as sinuosas teias do chamado destino, que retratará a verdade ou lenda de um líder que teve o poder nas mãos, e este, será marcado pelo lado bom ou mal das suas ações.

Mas, como líder daquele que lhes deram o poder democratamente, jamais poderia ser omisso diante de uma injustiça, porque senão, tornar-se parte dessa mesma injustiça, pois muitos pensam que ser ético é só fazer aquilo que é correto, e justamente por ser correto, não é nada mais que isso, mas a pior atitude de um líder é fechar os olhos para o mundo dos desmandos e descaminhos que passaram pelo seu olhar e pelos seus ouvidos.
Na verdade, o governo só termina, quando a pessoa do governador tiver a consciência de tudo que fez. E, além disso, ao final do dia 31 de dezembro de 2018, puder bater no peito e dizer: - “Todos os atos que tomei, foram ações adotadas de acordo com a lei e a vontade de Deus”.

 

*Wilson Carlos Fuáh é economista e especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.Fale com o Autor:  wilson[email protected]