A audiência que seria realizada nesta quinta-feira (8) na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, relativa a Operação Sodoma 5, foi redesignada para o próximo dia 22. O adiamento atendeu ao pedido feito pelos advogados de defesa dos réus. As audiências marcadas inicialmente para o dia 22 de novembro foram remarcadas adiadas para o dia 4 de dezembro.
A Sodoma 5 investiga um esquema de fraudes à licitação, desvio de dinheiro público, além de pagamentos de propinas pelas empresas Marmeleiro Auto Posto e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática, entre 2011 e 2014.
O esquema teria desviado cerca de R$ 8,1 milhões. As empresas, em tese, seriam favorecidas em contratos com o Estado, através de licitações fraudadas. Os valores pagos eram oriundos de superfaturamentos nas obras. No total, os repasses feitos pelas duas empresas chegou a R$ 300 milhões, segundo a Justiça.
Seriam ouvidos na audiência de hoje, na condição de testemunhas, Wilson Luiz Pereira Soares, José Roberto Pacheco, Afonso Gleidson Teixeira, o ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, Fabio Rodrigues de Carvalho Alves Costa, Valter Facheti Torres e o empresário Paulo Cesar Lemes.
Deflagrada em setembro de 2015, a Operação Sodoma está em sua quinta fase e conta com mais de 20 réus, entre eles empresários, ex-secretários de Estado e o próprio ex-governador Silval Barbosa (PMDB) acusado de ser o líder da organização. No decorrer três anos, desde a primeira Operação, dez termos de delação premiada foram firmados por empresários e ex-secretários junto ao Ministério Público.
De acordo com o MPE, a organização atuava promovendo desvios de dinheiro público, cobrando propina de empresários em troca de incentivos ficais, manutenção de contratos com o Estado e superfaturamento de valores pagos por desapropriação de área.
A Operação Sodoma foi desencadeada após os delatores do esquema, os empresários Júlio Minori, dono da Webtech, Willians Paulo Mischur, proprietário da Consignum e João Batista Rosa, dono do Tractor Parts, confirmarem ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Justiça o pagamento de valores para a organização.
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