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Sábado, 07 de Julho de 2018, 19h:13

Filmagem mostra momento em que advogado atropela dois pedestres

JESSICA BACHEGA

As câmeras do circuito de segurança de uma das ruas do bairro CPA 4, filmaram o momento em que o advogado Dyego Nunes da Silva Souza atropela dois pedestres e foge em seguida, sem prestar qualquer socorro às vítimas, na noite de sexta-feira (6).  Ele e o advogado Luciano Carvalho foram presos na sexta e soltos neste sábado (7).

 

Michelle Marie

advogado preso luciano

 

Apesar da gravidade do acidente, as vítimas sofreram apenas ferimentos. O caso gerou grande polêmica nesse sábado (7), após a prisão do advogado Luciano Carvalho, defensor do motorista.

 

Narra o boletim de ocorrência que a equipe da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran) foi até o local após chamado por conta do atropelamento. Testemunhas disseram que as vítimas caminhavam pela rua, quando foram atingidas por um carro, modelo Ford Fiesta, dirigido por um homem de cor parda e com barba.

 

Com a placa do veículo, os policiais conseguiram identificar o endereço do suspeito e foram até a residência de Dyego.

 

Logo na entrada da casa foi avistado um veículo com as características repassadas. O carro estava com o parabrisas quebrado e lateral amassada. No local, os policiais foram recebidos por Luciano, que se identificou como advogado, mas não apresentou qualquer documento que comprovasse a profissão.

 

O jurista teria tentado impedir a entrada dos policiais e soltado dois cachorros da raça pit bull em direção aos agentes. Foi solicitado apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE) que entrou na casa e prendeu Dyego. 

 

Foi exigido ao condutor fazer o teste do bafômetro, mas ele recusou. O motorista estava em visível estado de embriaguez. 

 

Luciano foi preso por atrapalhar o trabalho da polícia. Ambos foram levados para a Central de Flagrantes. Dyego pagou fiança de R$ 2.860 e foi solto. Luciano também foi liberado e irá responder termo circunstanciado de ocorrência (TCO), na coregedoria da Polícia Civil.

 

Após a confusão, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação dos Advogados Criminalistas do Brasil (Abracrim) foram até a delegacia e disseram que foram impedidos de entrar no local e acompanhar o advogado, a fim de garantir que suas prerrogativas fossem preservadas. Os órgãos irão de reunir com o governador Pedro Taques (PSDB) para cobrar medidas contra os policiais, que, segundo o advogado Luciano, foram truculentos e agressivos enquanto o profissional exercia seu trabalho.

 

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