O Estadão apurou que Ednaldo concorda com Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e entende que as punições aplicadas a torcedores racistas são muito leves e não ajudam sequer a atenuar o problema. Seu pensamento é de que as penas têm de ser esportivas, com perda de pontos, como já está previsto no regulamento do Brasileirão, para que os diminuam os episódios de racismo.
O dirigente se irritou recentemente com a condução do caso. No seu entendimento, a Conmebol premia os racistas e "está pagando para que torcedores sejam racistas", já que se limita a aplicar multas. Há leniência da entidade que comanda o futebol sul-americano, na visão de Ednaldo, o primeiro presidente negro da história da CBF.
No início do mês, Luighi foi xingado de macaco por torcedores do Cerro Porteño, chorou e desabafou em uma corajosa entrevista. Horas depois, na mesma noite, a CBF se solidarizou com o atleta do Palmeiras em comunicado e cobrou que a Conmebol agisse com rigor. A punição foi branda, porém: apenas a obrigação de o Cerro Porteño jogar com portões fechados até o fim da competição, além de multa no valor de US$ 50 mil (R$ 288,4 mil), e medidas educativas, o que irritou a CBF.
Ednaldo, então, resolveu entrar com recurso na própria Conmebol e na Fifa, repetindo o que fizera Leila Pereira. Não houve resposta até o momento de nenhuma das entidades.
Durante o sorteio, Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, fez um longo discurso em que se conclamou as autoridades e os clubes sul-americanos para discutir medidas contra episódios de racismo nos torneios no continente. Pouco depois, porém, o dirigente fez uma analogia de teor racista ao dizer que a Libertadores sem times brasileiros seria como "Tarzan sem Chita". Pressionado, ele pediu desculpas nesta terça-feira.
(Com Agência Estado)
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