Sábado, 20 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,20
euro R$ 5,54
libra R$ 5,54

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,20
euro R$ 5,54
libra R$ 5,54

Economia Terça-feira, 18 de Junho de 2019, 11:31 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Terça-feira, 18 de Junho de 2019, 11h:31 - A | A

Juiz concede proteção a participações da Odebrecht na Braskem

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

A Odebrecht conseguiu isolar as participações do grupo na Braskem, Atvos e Ocyan de execuções de credores, que tem empréstimos garantidos pelas mesmas, de acordo com o deferimento do pedido de recuperação judicial encaminhado na segunda-feira, 17, pelo grupo à Justiça. A consultoria financeira Alvarez&Marsal, que já é administradora judicial da Atvos, aparece no documento como responsável também por conduzir o processo do grupo.

O juiz João de Oliveira Rodrigues Filho afirma, no deferimento, reconhecer como bem essencial ao soerguimento da atividade do grupo as ações das três empresas, durante o stay period, ou seja, os 60 dias para apresentação de um plano aos credores de recuperação.

"Se tratam de ativos com alto potencial de negociação no mercado, de modo a permitir que as operações financeiras e as atividades operacionais consigam subsistir através de eventual aporte de capital com a negociação de tais ativos", diz o juiz no documento em que acatou o pedido de recuperação judicial da Odebrecht.

No pedido de recuperação entregue na segunda-feira, o advogado Eduardo Munhoz mencionou que a Braskem é essencial fonte de recursos ao grupo, citando os dividendos e a contribuição de 79,4% na receita bruta do grupo.

As ações da Braskem e as participações na Atvos e Ocyan estão legalmente fora do processo de recuperação judicial, porque são garantias dadas em empréstimos bancários tomados pelo grupo. Pela lei de recuperação e falências, dívidas de bancos não entram entre os créditos sujeitos à proteção da Justiça.

Por isso, a Odebrecht seguirá tentando convencer os bancos, que já são donos das ações da petroquímica, que será mais fácil vender essa participação no ambiente da recuperação judicial. Isso porque a participação ficaria blindada de credores do grupo, facilitando a venda e ajudando a maximizar valor da participação. Ainda que a Braskem seja considerada um ativo bastante atraente, a situação frágil e complicada da Odebrecht pode ser usada para barganha.

A insegurança quanto à transferência de responsabilidades financeiras do grupo para o novo dono das ações foi, inclusive, um dos fatores que teriam desmotivado a LyondellBasell a desistir do negócio, após o pedido de recuperação judicial da Atvos.

Isso porque as ações da Braskem só deixariam de ter o nome da Odebrecht carimbado com a quitação das dívidas da holding - uma nebulosidade agravada pelo pedido de recuperação da Atvos, o braço sucroenergético, na semana passada.

Na segunda-feira, a Odebrecht e 21 empresas do grupo entraram com pedido de recuperação judicial, envolvendo um passivo de R$ 98,5 bilhões, sendo R$ 51 bilhões em dívidas concursais (previstas de proteção na lei de recuperação judicial), R$ 33 bilhões em dívidas entre companhias (que devem acabar sendo anuladas por serem dívidas cruzadas) e R$ 14,5 bilhões em garantias. É a maior reestruturação de dívida da história.

(Com Agência Estado)

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

 

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros