O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz uma média da variação de preços para as famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, ficou em 0,11% em agosto.
Os preços do grupo Habitação foram os principais responsáveis pela inflação mais elevada para os mais pobres, segundo o Ipea. "As altas de itens de grande peso na cesta de consumo desse segmento, como energia elétrica (3,85%), aluguel (0,63%) e taxa de água e esgoto (1,34%), geraram um forte impacto", diz a nota sobre o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda.
Apesar da alta nesses preços, houve alívio nos gastos do grupo Alimentação, com queda em alguns itens importantes, como tubérculos (-10,7%), verduras (-6,5%), carnes (-0,75%) e leites e derivados (-0,30%).
Por sua vez, a inflação percebida pelos consumidores de renda mais elevada desacelerou mais por causa, especialmente, da deflação nas passagens aéreas. Na média, o preço dos bilhetes ficou 15,7% mais barato em agosto, o que "possibilitou uma contribuição ainda mais favorável do grupo Transportes, implicando um alívio adicional sobre a inflação dessas famílias (da faixa de renda mais alta)".
O indicador do Ipea separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 1.638,70 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 16.391,58, no caso da renda mais alta.
A taxa de inflação das famílias de renda mais baixa acumulada em 12 meses até agosto de 2019 ficou em 3,62%, mais elevada que a da faixa de consumidores mais ricos, de 3,36% no período. O IPCA acumulado em 12 meses até agosto de 2019 foi de 3,43%.
(Com Agência Estado)
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