"Ameaças de tarifas dos EUA e políticas de imigração apresentam riscos ao crescimento da América Latina", ressalta relatório da Fitch. Dólar mais forte e juros elevados nos EUA por mais tempo devem elevar os custos de empréstimos para governos e empresas da região, além de poder pressionar as moedas e fazer os bancos centrais ficarem mais cautelosos.
Esse quadro de aumento de incertezas externas e alta dos encargos da dívida em determinados países pode causar um "acúmulo de pressões de crédito negativas", embora a maioria das perspectivas de classificação atualmente seja "estável", como a do Brasil, ressalta a Fitch. Dos países da região, cinco têm perspectivas "positivas" para o rating - Aruba, Costa Rica, República Dominicana, Guatemala e Jamaica - e nenhum tem perspectiva "negativa".
Em termos de perspectiva de crescimento para a América Latina, a Fitch observa que a retomada da Argentina vai contribuir para uma "ligeira aceleração" do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) regional em 2025, para 2,2%. Já o México, "enfrenta sérios riscos devido ao crescente protecionismo comercial dos EUA".
Para o Brasil, a expectativa é que o crescimento vai ter desaceleração diante da crescente inflação, aperto monetário e incertezas fiscais. Brasil, Bolívia, Colômbia e Panamá têm os maiores déficits fiscais previstos para 2025, alerta a Fitch.
O ambiente de crescimento moderado das economias, preços de commodities mais suaves, pressões de gastos sociais e alívio limitado de taxas de juros estão "nublando as perspectivas de consolidação fiscal" para a região, conclui a agência de classificação de risco.
(Com Agência Estado)
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