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Economia Quinta-feira, 04 de Julho de 2019, 07:50 - A | A

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Quinta-feira, 04 de Julho de 2019, 07h:50 - A | A

Aumento de imposto não é reforma previdenciária

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O novo texto para a Previdência foge do objetivo da reforma ao incluir um aumento de impostos para o setor exportador agrícola, na análise do economista Paulo Tafner, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP). "Desidratar a reforma e compensar com aumento de imposto é de uma miopia oceânica. Não é isso que se espera de uma reforma previdenciária." A seguir, os principais trechos da entrevista:

Após os ajustes complementares do relator Samuel Moreira (PSDB-SP), a reforma da Previdência voltou a ter uma economia prevista de RS 1 trilhão em dez anos. O sr. acha que os deputados vão manter esse valor quando o texto do projeto chegar ao plenário?

A questão é que não é uma economia (em dez anos) de R$ 1 trilhão. Tem um aumento de imposto. Tem a contribuição sobre lucro (dos bancos), que aumenta a arrecadação, e a cobrança de contribuição previdenciária sobre produtos agrícolas exportados. Isso não é economia, é aumento de imposto. Houve aumento de imposto e não foi pouco. Essa é uma tendência do Legislativo brasileiro, de não enfrentar os problemas e colocar o custo nas costas da população. Tudo que o Brasil não precisa é aumentar imposto. O País é uma vergonha em questão tributária. A gente gasta demais e não oferece serviços aos pobres adequadamente.

O que realmente é economia, no relatório, ficou abaixo do que o sr. Esperava?

O governo vai conseguir entre R$ 850 bilhões e R$ 900 bilhões (de economia em dez anos com a reforma), o que é um número bom. Mas dizer que tem R$ 1 trilhão, não tem.

O próprio presidente Jair Bolsonaro, aparentemente, articulou para incluir algumas vantagens aos policiais na reforma. Como o sr. vê desidratações comandadas pelo próprio Executivo?

Abriu-se a temporada de privilégios. Não tinha motivo para reduzir professor (a idade para a categoria receber benefício igual ao da ativa diminuiu de 60 para 57 anos). A verdade é que o Brasil não tem vergonha na cara. Todo mundo quer uma "boquinha" para seu eleitorado. Todo mundo é contra privilégio, mas o privilégio dos outros.

O sr. acha que ainda é possível uma votação no plenário antes do recesso parlamentar, em 18 de julho?

Acho que vai demorar um pouco mais, porque cada grupo vai tentar colocar um pouco de privilégio. O fato é que a gente não conseguiu modernizar de fato o sistema. A capitalização ficou de fora. A desconstitucionalização ficou de fora. Isso é tacanho. Tem uma economia de recursos, o que é bom, mas é medíocre. O Brasil merecia coisa melhor.

O sr. acha que, passando a reforma, pode haver uma mudança significativa no ritmo da atividade econômica?

Se passar a reforma, a gente tira, pelo menos parcialmente, um problema do caminho. Não deixa a dívida pública explodir. Mas ainda depende do que virá em seguida. O que o relator (deputado Samuel Moreira) tem feito, e que me parece um enorme equívoco, é desidratar a reforma e aumentar imposto. Não se trata de mudança tributária, o tema é Previdência. Entendo a boa vontade dele, de entregar, entre aspas, economia, mas, rigorosamente falando, desidratar a reforma e compensar com aumento de imposto é de uma miopia oceânica. Não é isso que se espera de uma reforma previdenciária. Tem imperativos para uma reforma da Previdência: uma potência fiscal forte e um combate direto a privilégios.

Eliminar a isenção previdenciária das exportações agrícolas não é um modo de combater um privilégio de um setor?

Sim, é bom que todo mundo pague imposto, inclusive a Zona Franca de Manaus. Não sou contra isso, mas isso não é a reforma da Previdência. A reforma deveria se concentrar nas questões previdenciárias. Também precisa fazer reforma tributária, acabar com os subsídios espalhados pelo País e com o regime Simples, que é um enorme privilégio. Mas isso é questão tributária, não previdenciária.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Agência Estado)

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Carlos Nunes 04/07/2019

Ih! Essa Reforma da Previdência, fabricada pelo tio Guedes. É RUIM PRA BURRO. A sua fórmula é: fazer o povo brasileiro trabalhar MAIS, contribuir MAIS com a Previdência, pra no final ganhar MENOS. Quem quiser saber sobre a verdade referente à Previdência, deve assistir, pelo you tube, a palestra de 30 minutos da professora, Doutora em Economia, DENISE LOBATO GENTIL, intitulada "Professora da UFRJ desmonta Reforma da Previdência". BOLSONARO, com o tio Guedes, tá comprando Gato por Lebre...tá pensando que é uma lebre suculenta, entretanto é só um gato vira-lata. Devia jogar esse Projeto do tio Guedes no lixo, chamar a Dra. DENISE LOBATO GENTIL, e pedir pra ela elaborar um Ante-Projeto de Reforma da Previdência, que beneficie o POVO BRASILEIRO. A professora tem a capacidade de formular o melhor Ante-projeto, pra ser apresentado pros Eleitores, os verdadeiros donos do Poder. Ainda há tempo de fazer isso...senão daqui a alguns anos, vão ser chamados de "carrascos dos velhinhos e velhinhas do Brasil".

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