O secretário de Estado de Educação, Alan Porto negou na manhã desta quinta-feira (27), que a Escola Estadual Liceu Cuiabano será fechada. Ele argumentou que a unidade escolar precisa ser restaurada devido a diversos problemas estruturais.
Segundo o secretário, na reunião com a comunidade escolar, nesta quarta-feira (26), foram apresentadas três opções: A primeira, a obra seria realizada com a presença de mais de 1,5 mil alunos. A segunda, um prédio seria alugado para que os alunos pudessem ter aulas durante a reforma e a terceira, que consiste na transferência dos alunos para escolas próximas localizadas da região.
O gestor lembrou que o Liceu Cuiabano é tombado pelo patrimônio histórico de Mato Grosso e o projeto já foi licitado e está em fase de homologação. O valor do investimento é de R$ 10 milhões. “O período de execução da obra seria de um ano e meio e estamos informando da necessidade da restauração. No início do ano houve um princípio de incêndio na biblioteca, todo sistema elétrico precisa ser trocado”, lembra ele.
O secretário apresentou os argumentos durante entrevista à rádio Cultura e foi questionado pelo jornalista Antero Paes de Barro sobre a escola estadual Nilo Povoas, que também precisou ser reformada, mas atualmente está fechada. Antero perguntou se o mesmo ocorreria com o Liceu e, embora não tenha dado detalhes sobre a situação do Nilo Povoas, o secretário garantiu que todo o processo de restauração do Liceu Cuiabano está sendo trabalhado com a direção e comunidade escolar da unidade.
Alan Porto encerrou dizendo que mais uma reunião irá acontecer nesta quinta (27) com a direção da escola e que nenhuma decisão será decidida sem que todos estejam envolvidos.
O FECHAMENTO
Toda polêmica aconteceu depois que professores protestaram nesta quarta-feira (26) contra o fechamento da unidade. Segundo o professor de Física, Waldir Montenegro, a direção da escola foi informada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) que teria 60 dias para esvaziar a unidade e remanejar professores e alunos.
Waldir afirmou que a informação pegou os profissionais de surpresa. Segundo ele, a Seduc afirmou apenas que faria uma reforma na unidade, sem sinalizar sobre a reabertura da escola. “A nossa direção foi chamada na Seduc e foi comunicado que a escola tem 60 dias para ser remanejada. Na verdade, usaram o termo pulverizar para os professores, e não haver o redimensionamento desses profissionais para outras instituições de ensino. Simplesmente vai pulverizar, acabar com o Liceu, uma história de 145 anos. Estamos todos estarrecidos”, disse ele.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.