Representantes de movimentos sociais, coletivos de mulheres, organizações políticas e sindicatos organizam neste sábado (08), um ato público para reivindicar direitos sociais, trabalho digno, fim do feminicídio e da violência contra as mulheres. A concentração será na Praça Alencastro, área central de Cuiabá, às 08h.
Atos semelhantes também estão sendo organizados nos municípios de Sinop e Rondonópolis (a 500 e 212 km de Cuiabá respectivamente).
A professora Patrícia Ribeiro, membro da comissão organizadora, explica que o ato público em Cuiabá é realizado desde 2017 e está na sua 8ª edição. Ela explica que todos os anos os membros debatem os temas e as conjecturas nacionais e internacionais. “Este ano, optamos pelos direitos sociais, o trabalho digno e o combate a violência. Assuntos diretamente ligados ao dia a dia da mulher que precisa de moradia digna, creche para seus filhos, um trabalho digno, igualdade salarial e o fim da violência”, destaca ela.
Patrícia destaca a importância da realização do ato público que será realizado também em Sinop e Rondonópolis e organizado por movimentos sociais, coletivos de mulheres e comissão das pastorais.
“Em vários cantos do mundo, as mulheres estarão nas ruas e nas praças nesta data, reivindicando melhorias e celebrando a memória daquelas que lutaram pelos direitos que temos agora. Cuiabá soma-se a essas mobilizações. A taxa de feminicídio de Mato Grosso está entre as mais altas do Brasil, quando consideramos os números de casos para cada 100 mil habitantes. É uma realidade que vem se prolongando há anos. Precisamos dar um basta. São necessárias políticas públicas concretas para garantir uma vida digna às mulheres mato-grossenses”, completa ela.
O LEMA
Neste ano, a mobilização do 8 de março em Cuiabá traz o lema “Pela Vida das Mulheres, ainda estamos aqui! Pela democracia, por trabalho digno, pelo fim do feminicídio, pelo direito à terra e ao bem viver”.
O objetivo é chamar a atenção para a importância da democracia na construção de um país que reconheça e garanta os direitos das mulheres. A defesa do trabalho digno pauta melhores condições e melhores salários, além de exigir o fim da escala 6x1, que impede uma vida de qualidade.
A escala 6x1 é extremamente desgastante para as mulheres, que já enfrentam jornadas duplas de trabalho, ao ficarem responsáveis pelo trabalho doméstico e pelos cuidados com as crianças. O lema reivindica, ainda, o direito à terra para as mulheres trabalhadoras do campo.
A marcha das mulheres contará também com a participação de artistas e apresentações culturais, celebrando a memória de luta que marca a data.
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