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Cidades Domingo, 10 de Abril de 2016, 17:00 - A | A

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Domingo, 10 de Abril de 2016, 17h:00 - A | A

FINALMENTE

Licença do crematório de Cuiabá sai após oito anos e inauguração será no Dia de Finados

RAYANE ALVES

Após oito anos de batalha, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) finalmente concedeu licença e Cuiabá deverá receber, em breve, o primeiro crematório do Centro Oeste. Ele será instalado no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá no dia 2 de novembro, como celebração do 'Dia de Finados'.

 

Reprodução

crematorio cuiaba

Forno crematório está aguardando licença de instalação há oito anos 

De acordo com Nilson Martins Marques, dono de uma funerária na Capital, há oito anos Cuiabá ‘mantém’ guardado um forno no Cemitério Bom Jesus de Cuiabá. Um investimento de mais de R$ 200 mil que ainda não foi usufruído pela população devido a inúmeras falhas.

 

Uma das barreiras que podem ter barrado o projeto de ir para frente, conforme o vereador Juca do Guaraná Filho (PT do B), foi o ‘mito’ de que o processo é poluente e tem mau cheiro.

 

“A cremação não é um ato poluente porque não traz nenhum impacto ambiental, é 100% ecológico. Para se ter uma ideia, cremar um corpo polui menos que a fumaça de um cigarro e 100 metros que uma motocicleta percorre”, afirmou o vereador.

 

O projeto da cremação já é antigo. Há dois anos Juca embarcou na proposta, com o apoio da Câmara de Vereadores da Capital.

 

“Iniciei a cobrança via Câmara desde quando marquei várias audiências com o antigo secretário da Sema, José Lacerda. Na época, levamos a empresa responsável pela instalação no local e foi dada entrada no processo. Isso já é considerado um grande avanço para a Capital, porque o objetivo é trazer a modernização sem visar lucro”, disse, ressaltando que a instalação é importante para que Cuiabá acompanhe o ritmo das capitais brasileiras.

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

cemitério/finados/piedade

Levantamento feito pelo vereador Juca do Guaraná aponta que já estão acabando as vagas dos  cemitérios particulares de Cuiabá

A equipe de Juca também pesquisa se ainda há vagas nos cemitérios da cidade. A análise ainda não foi finalizada, mas já foi possível verificar que os espaços estão acabando dentro dos cemitérios particulares. Daqui a um tempo já será necessário fazer uma nova licitação para que outros possam funcionar em Cuiabá.

 

“Fiquei sabendo que muitas pessoas já levaram o corpo de um ente querido para outro estado para cremar. Depois voltaram com os restos mortais reduzidos para levar para casa, jogar no rio, no mar ou até mesmo em um jardim”, contou.

 

De início Cuiabá contará com dois fornos para cremação. As obras já estão em andamento, mas só vai ser aberto para no ‘Dia de Finados’, justamente por conta do ato que é considerado simbólico.

 

A cremação é um processo de redução do corpo humano para fragmentos de osso, utilizando altas temperaturas e fogo. Para cremar um corpo depende do peso e do tamanho do indivíduo. Para um tamanho médico, a cremação pode levar de duas a cinco horas à temperatura de operação normal entre 400°C a 1.200°C.

 

No Brasil, não se crema nem 2% da população. Segundo Nilson Martins Marques, não é viável para quem constrói devido ao custo do serviço, que é considerado baixo. Porém, mesmo assim, o trabalho em Cuiabá será realizado em alta qualidade.

 

“Inclusive virá um técnico dos Estados Unidos para oferecer treinamento aos funcionários. A instalação do crematório custará pelo menos R$ 2,5 milhões. Além do forno, o local deve contar com um espaço para que os familiares possam dar o último adeus ao morto”, destacou.

 

O custo para cremar um corpo deve ser de aproximadamente R$ 2 mil. Para ser cremada a pessoa tem que ter o desejo em vida, documentado em cartório, e autorização dos familiares. Em caso de morte natural tem que ser atestado por dois médicos, mas em caso de morte violenta, como assassinatos, é necessário atestado de um médico legista e autorização policial.

 

Divulgação

crematório/Angelus/Maringá

Crematório Angelus, em Maringá, um dos poucos do Brasil

O PROCESSO DE CREMAÇÃO 

Em relação a um sepultamento comum, as diferenças aparecem depois do velório, quando o caixão não é levado até a cova, mas para uma sala refrigerada. Em alguns crematórios, um elevador se abre no chão e desce com o corpo até o andar de baixo, onde ficam as geladeiras.

 

No subsolo funciona a chamada câmara fria. No crematório de São Paulo, por exemplo, o cômodo gelado é uma sala revestida de azulejos e com isolamento térmico, onde ficam prateleiras metálicas com capacidade para até quatro caixões. Os falecidos passam 24 horas no frio. Nesse período, a família ou a polícia podem requisitar o corpo de volta.

 

Depois de um dia na geladeira, o cadáver entra em um forno com todas as roupas e ainda dentro do caixão. Apenas as alças de metal são retiradas. Sustentado por uma bandeja que impede o contato direto com o fogo, o caixão é submetido a uma temperatura de 1.200 ºC. Esse calor faz a madeira do caixão e as células do corpo evaporarem ou volatilizarem, passando direto do estado sólido para o gasoso. O cadáver começa a sumir.

 

Depois de até duas horas no forno, apenas partículas inorgânicas como os óxidos de cálcio, que formam os ossos, resistem à onda de calor. Esses restos são colocados no chamado moinho, uma espécie de liquidificador que tritura os ossos com bolas de metal que chacoalham de um lado para o outro.

 

O moinho funciona por cerca de 25 minutos. Depois dessa etapa, as cinzas em pó são guardadas em urnas e entregues à família do morto. No final do processo, uma pessoa de 70 quilos fica reduzida a menos de um quilo de pó. Em uma cidade como São Paulo, uma cremação custa a partir de 105 reais, metade do preço de um enterro simples.

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Gilston 10/04/2016

Sei não..., e se precisar fazer uma exumação de um copo pra periciar? com crematório não haver e poderá dificultar trabalho da justiça. Lembra do caso do Juiz Leopoldino que foi exumada varias vezes pra tirar duvidas! É o que penso.

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