A presidente da Associação de Pacientes Apoio Medicinal e Pesquisa em Cannabis de MT (Aspampas-MT), Carolina Meireles, lembrou ao HNT TV as dificuldades para comprar os remédios para filho autista, Vicente Meireles, de 13 anos. Segundo ela, cada frasco custava R$ 4 mil e o menino precisava de duas unidades, totalizando R$ 8 mil por mês. Os ganhos como artesã e culinarista, somado ao salário de motorista do esposo, eram insuficientes para pagar o tratamento, levando Carolina a se dedicar à luta na Justiça para assegurar a melhora do filho.
Carolina destacou que a dificuldade começava para conseguir consultas com médicos que receitassem a cannabis em Mato Grosso. Por isso, as primeiras consultas de Vicente foram Rio de Janeiro. A partir das ações da associação, profissionais de Cuiabá foram se sensibilizando e passaram a assinar as receitas, unindo forças a rede de solidariedade em prol dos pacientes.
"A gente conseguia consultas fora do estado, o meu filho mesmo precisei levar para um Centro de Neurologia e Epilepsia do Rio de Janeiro. De lá, voltei com uma receita, mas não tinha medicamento. Como pensar em custear o tratamento de uma criança que custava R$ 4 mil cada frasco? A gente está falando de R$ 8 mil para uma família. Sou artesã e culinarista. O meu marido é motorista carreteiro. Estamos falando de famílias de renda não suficiente para custear", compartilhou Carolina Meireles.
Após conquistar o apoio de médicos, a Aspampas se empenhou no diálogo com a Assembleia Legislativa (ALMT) e Câmara de Cuiabá para que projetos de lei fossem editados, estabelecendo a obrigatoriedade das Secretárias de Saúde fornecerem os remédios por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Duas leis foram sancionadas.
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