Cultivar cannabis para produzir o óleo à base do cannabidiol, utilizado para tratar epilepsia, dores e outras doenças crônicas é o sonho de Carolina Meireles, presidente da Associação de Pacientes Apoio Medicinal e Pesquisa em Cannabis de MT (Aspampas-MT). Segundo Carolina, o valor baixou desde sua introdução no mercado, quando um frasco custava em média R$ 4 mil, mas o investimento ainda é alto para famílias de baixa renda.
LEIA MAIS: HNTTV: Remédios à base de cannabis para menino autista custavam R$ 8 mil; veja vídeo
Para conseguir iniciar o plantio, a associação trava uma batalha na Justiça, pleiteando no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus autorizando o uso do solo e a construção de um laboratório para processar as folhas seguindo as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A gente está tentando comprar uma área para colocar as plantinhas no chão. Elas precisam florir para mudar a vida da gente
"(O preço) depende do laboratório, depende da patologia, depende do óleo, depende do que o médico vai prescrever. Hoje, temos inúmeros fabricantes, que não era a realidade de tempos atrás quando a gente tinha pouquíssimos. Existem os óleos nacionais e os óleos importados. A luta da Aspampas é para que a gente consiga produzir o nosso óleo. Muitos pacientes não tem condição nenhuma de comprar. Então, a gente vai ter essa possibilidade de fornecer para quem não consegue de forma alguma", falou Carolina Meirelles ao HNT TV.
As associações Curando o Ivo de Goiás; Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi), do Rio de Janeiro; e a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), de São Paulo, são inspirações para o Aspampas. Dois pacientes de Mato Grosso vinculadas ao grupo têm o aval do Supremo para plantar. O óleo produzido por eles é encaminhado aos laboratórios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, para os pesquisadores avaliarem as propriedades.
"A luta da gente é para que a Aspampas consiga produzir o próprio oléo em parceria com universidades, para que a gente consiga local de plantio, laboratório de análise, já temos uma parceria com a Unicamp que a gente faz o envio dos poucos óleos para gente ter um caminhar", explicou a presidente.
"Essa é a nossa luta. A gente precisa de um lugar para plantar. A gente está tentando comprar uma área pra gente poder colocar as plantinhas no chão. Elas precisam florir para mudar a vida da gente", finalizou Carolina.
VEJA VÍDEO
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.