O garimpo de Aripuanã (950 km de Cuiabá), especializado na extração de ouro, pode ser regulamentado para se tornar uma área de exploração “sustentável”. Fechado no dia sete deste mês, o espaço era um dos polos da economia na cidade, empregando cerca de dois mil garimpeiros – que representam aproximadamente 10% da população do município.
A regulamentação do garimpo foi discutida em uma reunião com o prefeito da cidade, Jonas Canarinho (PR), junto ao senador de Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL), realizada nesta quarta-feira (09).
Os gestores debateram sobre a possibilidade de um “garimpo sustentável” com a diretoria da Agência Nacional de Mineração (ANM).
“A organização, a legislação mais clara e a oportunidade igual certamente reduzem conflitos e diminuem sobremaneira o trabalho irregular ou mesmo ilegal”, pontuou o senador sobre o encontro. Fagundes também cobrou celeridade da Agência na resolução dos impasses ocasionados pelo fechamento do garimpo.
Ainda sobre a regulamentação da área, o senador informou que foi discutido também a elaboração de um projeto de lei para legalizar o trabalho de exploração sustentável da terra.
Contudo, a comunicação do gestor sinalizou que a situação deve ser discutida em outras esferas e que a implementação da medida pode demorar.
Garimpo explodido
Com a deflagração da segunda fase da Operação Trype no dia sete, os garimpeiros que trabalhavam na área de extração perderam parte de seus bens ao serem expulsos do garimpo. A retirada deles do local gerou uma situação de conflito social na cidade, uma vez que parte destes trabalhadores não tinham para aonde ir.
Ao HNT/HiperNotícias, a Prefeitura de Aripuanã enformou que, sem casa, um grupo de garimpeiros foi abrigado no Parque de Exposições da cidade, a fim de terem onde dormir. O fechamento do garimpo foi desdobrado em uma série de manifestações populares, requerendo a retomada dos equipamentos dos trabalhadores.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta-feira (09) mostram uma elevação nos casos de malária em Aripuanã. Em 2018, a cidade teve 180 ocorrências - número quase triplicou para 532, em 2019.
De acordo com informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o garimpo estaria promovendo diversos prejuízos sociais à população de Aripuanã. A exemplo disso está o aumento na taxa de homicídios, tráfico de drogas e prostituição.
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