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Cidades Domingo, 22 de Julho de 2018, 12:00 - A | A

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Domingo, 22 de Julho de 2018, 12h:00 - A | A

VESTINDO ÁFRICA

Africano colore Cuiabá com roupas de estampa senegalesa

KHAYO RIBEIRO

Em busca de auto-conhecimento, desafios e de difundir a cultura africana pelo mundo, o comerciante senegalês Uzaqe Dieye veio para Cuiabá em 2015, e sobrevive da venda de roupas de estampa tradicional de seu país.  O sonho do vendedor é trazer mais da cultura da África para o Brasil e mostrar que sua pátria é muito mais do que o que aparece na TV e nas redes sociais. Um lugar de beleza ímpar e pessoas felizes.

 

Reprodução

Uzaqe

 

Ele conta que veio para Cuiabá motivado pelo relato animador de amigos que chegaram aqui, em busca de uma vida diferente. Logo ao desembarcar, o rapaz passou a vender óculos e relógios, mas com o tempo percebeu que gostaria mesmo era de fazer algo para que as pessoas percebessem o quanto a África é diversa. "Só penso em valorizar minha cultura africana. Conversei com minha irmã para gente trazer um pouco da África para o Brasil. Vendo camisetas, calças, roupas senegalesas no geral".  

 

"O colorido das camisas representa a África como ela é" comenta Uzaqe. 

 

O empreendedor recolhe os pedidos e envia para sua irmã no Senegal, lá ela adquire as roupas e envia por correio. Ele diz que às vezes as encomendas demoram um pouco a chegar devido às altas taxas cobradas pelo serviço de entrega 

 

Com sorriso no rosto, Uzaqe conta que é muito feliz com a calorosa Cuiabá que o recebeu de braços abertos. "O governo lidou bem com minha chegada, Cuiabá é um lugar bacana. Tenho muitos direitos, fui recebido de braços abertos. Me sinto bem aqui". 

 

A história do comerciante se destaca da dos demais imigrantes que chegam todos os anos na capital mato-grossense. Uzaqe diz que, ao contrário de muitos que vêm fugidos de crises econômicas e guerras, tudo que ele busca desde que chegou é crescer como pessoa e mostrar ao mundo que a África guarda narrativas diferentes do que se vê nos jornais.  

 

"As pessoas acham que a África é um lugar sem casas, sem carros, que lá não se pode ter uma vida boa. Essa não é a verdadeira história da África. Lá a vida pode ser boa, dá de viver, come-se bem. Onde eu morava, no Senegal, não tinha guerra, não tinha fome". 

 

Apesar do bom humor e da alegria, Uzaqe não esconde que no início as coisas não foram fáceis. "Cheguei sozinho. Minha mãe está me esperando no Senegal. Minha família inteira. Deixei muitas coisas para trás. É sempre triste estar num lugar sem pai, sem família, sem irmãos". 

 

As dificuldades financeiras também atrapalharam os negócios. O vendedor fala que, quando chegou a Cuiabá, a situação era muito mais complicada, não dominar o idioma foi uma barreira para os negócios durante algum tempo. Contudo, com muita disposição ele tem superado os obstáculos.  

 

"Enfrentei dificuldades financeiras no começo. Quando cheguei, não sabia uma palavra de português. A gente corre atrás do dinheiro, mas ele corre da gente. Mas vivo com fé em Deus e paciência, assim tudo se resolve".   

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