Naquela data, o ofício circular assinado por Salles e enviado à Casa Civil da Presidência da República, tratava, na realidade, de apenas designar a Marinha do Brasil como "coordenadora operacional" das ações, para prosseguimento no combate às manchas de óleo.
Cópias do ofício foram encaminhadas a 12 ministros e ao Ibama, ICMBio e à Agência Nacional do Petróleo. Na prática, tratou-se de um ato formal do governo, uma vez que a Marinha já vinha atuando nas operações. O que membros do governo e especialistas no setor de meio ambiente apontam, no entanto, é que trata-se de mais uma evidência de que, na realidade, o próprio governo desconhecia que havia um plano de contingência para lidar com esse tipo específico de situação.
O Ministério nega que tenha havido lentidão nas respostas à tragédia e que, desde o começo, todos os órgãos já estariam em ação, independentemente de o plano ter sido ou não acionado logo de início. Segundo o MMA, desde 2 de setembro houve ação do Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), integrado pela Marinha, pelo Ibama e pela ANP.
O governo federal já tinha, inclusive, acabado, em abril, com o comitê que daria os passos concretos das ações desse plano.
(Com Agência Estado)
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