Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, frustrando, assim, a efetividade de operações policiais.
Com base em informações e provas colhidas na primeira etapa da operação, deflagrada em novembro de 2024, os policiais federais investigam crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.
A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os policiais federais também fizeram buscas em quatro endereços ligados aos investigados no Tocantins.
O STF ainda determinou medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do País e recolhimento de passaportes.
Na primeira fase da Operação Sisamnes, a PF prendeu o empresário Andreson Gonçalves, o "lobista dos tribunais", e fez buscas em endereços de auxiliares de ministros do STJ. Os servidores foram afastados e também são investigados administrativamente. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, nenhum ministro tinha conhecimento das irregularidades.
O suposto esquema de venda de decisões judiciais envolveria advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados de Tribunais de Justiça estaduais.
(Com Agência Estado)
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