A Palmeira Talipot (Corypha umbraculifera) é nativa do sul da Índia e do Sri Lanka. Ela pode chegar a 30 metros de altura e tem folhas de até cinco metros de diâmetro. Mas o que chama mais atenção na planta é a sua inflorescência (a parte onde se localizam as flores), considerada a maior dentre todas as espécies conhecidas do mundo. São milhares de minúsculas florzinhas em tons de amarelo que surgem apenas uma vez, normalmente quando a palmeira tem de 40 a 70 anos de idade.
"Isso depende do local do plantio, do clima, do solo e da insolação", explica o biólogo e paisagista Marlon da Costa Souza, chefe da divisão técnica do sítio Roberto Burle Marx. "Em seu local de origem, ela costuma florescer aos 70 anos, mas, aqui no Brasil, a floração ocorre mais cedo."
As mudas de Talipot foram trazidas ao Brasil e plantadas no Aterro e no sítio pelo próprio Burle Marx. Alguns outros exemplares já tinham florescido no sítio e no Aterro há cerca de 20 anos.
"Quando cheguei ao Rio pela primeira vez, todas essas árvores do Aterro estavam sendo plantadas", conta o advogado Austrógio Vieira, de 72 anos, que se mudou para a cidade no mesmo ano da inauguração do parque, em 1965, e na manhã desta segunda-feira, 21, fazia fotos das palmeiras. "Vim aqui fazer uma foto delas para guardar e mostrar para os meu netos; elas são lindas, maravilhosas mesmo."
Todo o processo de florescer, frutificar e maturar leva cerca de um ano. "Como ela só floresce uma vez na vida, a sua estratégia de sobrevivência é que praticamente todos os seus frutos são viáveis", afirma Souza.
Quando todos os frutos finalmente tiverem caído no chão - o que deve acontecer até maio de 2020 - a palmeira definha até a morte. Os frutos, no entanto, tendem todos a gerar novas palmeiras, renovando o ciclo da natureza.
(Com Agência Estado)
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