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Artigos Segunda-feira, 17 de Março de 2025, 09:59 - A | A

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Segunda-feira, 17 de Março de 2025, 09h:59 - A | A

GABRIEL NOVIS

Diversificar

GABRIEL NOVIS NEVES

Sinto uma necessidade urgente de diversificar minhas atividades em casa. Percebo que estou forçando a barra para escrever sempre mais crônicas.

Tornei-me refém do teclado do computador e, por mais que tente me ocupar com outras atividades, acabo sempre clicando.

O acúmulo de crônicas tem gerado uma dificuldade enorme na seleção para publicação. Muitas exigem ajustes para serem aproveitadas, e esse processo se torna cada vez mais trabalhoso.

Fiz uma auditoria na caixa de entrada do meu e-mail e me surpreendi ao encontrar duzentas e catorze crônicas revisadas.

Li algumas e tentei organizá-las por data de publicação. Missão impossível. Sempre há as “fura-filas”, aquelas que se impõem pela urgência do momento, e isso é perfeitamente compreensível.

Quando comecei a escrever, há dezesseis anos, eu seguia uma programação mensal e a cumpria rigorosamente.

Viajava por semanas e, ainda assim, minhas crônicas eram publicadas sem falhas.

Hoje, não consigo sequer manter uma programação semanal.

Como nunca tive apetite para escrever um livro — seja de contos ou romances — e afastei a política e o futebol das minhas prioridades, percebo que, por mais rico que seja o cotidiano, estou sempre girando em torno dos mesmos temas.

Tenho receio de me tornar repetitivo, pois escrevo para mim e para alguns leitores.

Já me sugeriram escrever minha autobiografia, mas sei que ela seria incompleta. Apenas alguns fatos entrariam nas páginas, enquanto outros permaneceriam guardados no silêncio da memória.

Os antigos tinham o hábito de registrar pequenos relatos do dia a dia em cadernos de capa dura, chamados de contadores. Guardavam-nos em imensos armários. Depois de sua morte, os familiares transformavam essas páginas em fogueiras nos quintais.

E assim se encerrava a história escrita de um tempo, sem deixar rastros, sem causar incômodos. 

Quanto mais as coisas parecem mudar, mais elas permanecem as mesmas…

Sei que, para continuar sendo eu mesmo, preciso mudar.

Tenho tantas coisas novas para fazer e tempo disponível, mas não entendo essa minha acomodação.

Nunca é tarde para mudar. Afinal, a vida é uma aventura — e, quando ela nos abandonar, não teremos sequer tempo para descobrir o que fazer.

(*) GABRIEL NOVIS NEVES é médico e ex-reitor da UFMT.

FONTE: https://bar-do-bugre.blogspot.com/ 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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