A pintura a óleo de Cristo com a coroa de espinhos, criada por volta de 1605 e 1609, integra uma lista de apenas 60 obras atribuídas ao italiano. Anteriormente, acreditava-se que a figura pertencia a algum artista desconhecido que fora aluno de José de Ribera, espanhol conhecido por suas telas religiosas na primeira metade do século 17.
Após uma análise minuciosa conduzida por vários especialistas, o Museu do Prado emitiu um relatório com "provas documentais e estilísticas suficientes" para concluir que Ecce Homo pertence a Caravaggio. O feito "representou uma das maiores descobertas da história da arte, alcançando um consenso sem precedentes quanto à sua autenticação", afirma a instituição.
Conforme anunciado na segunda-feira, 6, o atual proprietário da obra concedeu um empréstimo temporário ao museu espanhol. A pintura foi restaurada e estará exposta por nove meses, de 28 de maio a outubro. A identidade do proprietário não foi revelada. Sabe-se que ele comprou a obra da coleção particular de uma família, que a tinha em mãos desde o século 19. Antes disso, a tela pertenceu ao rei Filipe IV da Espanha.
O Museu do Prado é dono de outra produção de Caravaggio, Davi com a Cabeça de Golias.
(Com Agência Estado)
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