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Variedades Quinta-feira, 02 de Março de 2017, 09:34 - A | A

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Quinta-feira, 02 de Março de 2017, 09h:34 - A | A

'Logan' é relevante em tempos de muros e refugiados, diz Hugh Jackman

G1

Quando os primeiros quadrinhos dos “X-Men” foram lançados por Stan Lee e Jack Kirby nos anos 1960, seus criadores não escondiam o paralelo com o movimento dos direitos civis nos Estados Unidos. Nos anos 2000, a comunidade LGBT se identificou com os filmes sobre pessoas que se vêem perseguidas apenas por serem diferentes. As produções de Bryan Singer, um cineasta homossexual, foram um sucesso tão grande que geraram todo um novo gênero no cinema. 17 anos depois, a única constante na franquia mutante é Hugh Jackman, que se despede do papel de Wolverine em “Logan”, que estreia nesta quinta-feira (2) no Brasil. Assista à entrevista no vídeo acima.

 

Reprodução

Hugh Jackman

 

Depois de tanto tempo, o que está refletido neste nono — e talvez último — filme com o personagem? “Tem coisas que mostramos na nossa história, como muros de fronteira, refugiados fugindo e encontrando santuário. Isso tudo é muito relevante, obviamente, hoje em dia”, diz ao G1 o australiano de 48 anos, durante passagem por São Paulo para promover o longa.

 

“Mas eu vejo o filme num sentido ainda maior. É sobre conexão”, explica. “Vamos simplificar. Se você tem vizinhos na casa ao lado. Você constrói uma cerca ou os convida para jantar? Uma maneira é mais fácil. E há pessoas que achem que a outra é a correta, que algumas pessoas não se misturam. E aqui há a história de um cara que está afastando todo mundo, mas que acha seu significado e paz ao se conectar com os outros. Mesmo que já lhe tenha custado tudo.”

 

Metal e sangue

No filme, a viagem entre o homem desgastado pelo tempo e por suas perdas e o herói que aceita seu papel é longa. Em um futuro distante mas não tanto, Logan deixou para trás o nome que o tornou famoso, e vive como motorista de limousine na fronteira com o México para cuidar de um Charles Xavier (Patrick Stewart) nonagenário cuja mente já viu dias melhores. A vida pacata é interrompida pelo surgimento de Laura (Dafne Keen), uma garota que pode ser o futuro dos mutantes, já que estes viram seus números caírem consideravelmente quando novos membros da raça pararam de nascer.

 

Atrás dela, um grupo de mercenários que serve de deixa a toda a violência de “Logan”, que recebeu classificação indicativa para maiores de idade nos EUA. Pela primeira vez, o protagonista mostra toda a extensão de seus poderes, para a felicidade dos fãs. Afinal, como contar a história de um homem com lâminas que saem de seus pulsos sem mostrar sangue e corpos voando?

 

“Como um ator e colaborador, já que eu trabalhei com o diretor e com os roteiristas, eu tinha uma ideia muito forte do tipo de filme que ele precisava ser. Jim [Mangold, o diretor] e eu tínhamos muita certeza. Não achávamos que o estúdio iria dizer sim, mas eles disseram. Imediatamente”, conta Jackman.

 

Adeus

Após quase duas décadas no papel que o revelou, o ator conta que estava nervoso com a despedida, mas que o resultado lhe tranquilizou. “Quando é sua última chance de interpretar algo, tentar deixá-lo correto acaba com os nervos”, diz. “Mas a ver a versão de Jim, com a trilha sonora, ver as interpretações de todos, a forma como tudo se encaixava, a história, e a maneira como refletia nosso mundo e os seres humanos, a vida e a morte. Foi muito gratificante. E isso fez eu me sentir em paz.”

 

Quem assiste a Jackman atualmente como Wolverine pode se esquecer, mas houve uma época em que sua escolha foi extremamente criticada. Quando o primeiro “X-Men” escalava seu elenco, o papel que trazia mais apreensão aos fãs era justamente o de Logan, o baixinho troncudo canadense que é o melhor no que faz. Antes do lançamento do longa, era raro achar um fã dos mutantes que aprovasse o australiano de quase 1,90m.

 

“Eu entendo. Eu devo ter uns 30cm de altura demais para interpretá-lo. E eu era magro demais. E eu não sou muito como, mas sempre amei o personagem. Por sorte, não li nenhum dos sites ou algo do tipo”, ri o ator, que na época interpretava o protagonista da versão londrina do musical da Broadway “Oklahoma!”. “Mas eu sinto que os fãs sempre souberam o quanto eu respeito e amo este personagem. E eles. Não o fiz sempre perfeitamente. E eles me dizem o que eu errei, em quais filmes eu errei. Mas ‘Logan’ é uma carta de amor para eles.

 

A melhor no que ela faz

No longa, Jackman se reencontra com Mangold, que dirigiu “Wolverine: Imortal” (2013), e com Stewart, mas a pequena Keen, que se tornou amiga da filha do ator durante as gravações, é quem rouba a cena.

 

A jovem espanhola nascida em 2005 estreia nos cinemas com um papel central à trama, e chuta ainda mais traseiros que o velho Logan. Se depender dos elogios do protagonista, ela tem uma carreira promissora pela frente.

 

“Ela é uma ótima criança. Muito normal, muito pé no chão”, avalia, antes de mudar de ideia. “Ela não é normal. Não há nada de normal nela. Ela na verdade é incrivelmente talentosa. É uma atriz ridiculamente talentosa, que está anos à frente da sua idade”, conta ele. “Ela é muito criativa, não se deixa afetar por nada, e sua performance é incrível.”

 

 

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