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Variedades Sexta-feira, 19 de Abril de 2019, 08:00 - A | A

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Sexta-feira, 19 de Abril de 2019, 08h:00 - A | A

Filme 'A Sombra do Pai' tem sessão especial

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Não é mera coincidência. Duas coproduções brasileiras em cartaz nos cinemas abordam o tema da morte no ambiente mítico da florestas tropical - Los Silencios e Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos. A eles vem soma-se agora A Sombra do Pai. O longa de Gabriela Amaral Almeida que concorreu em Brasília, no ano passado, prescinde do cenário exótico para abordar o tema. Não se trata de nenhuma crítica aos outros filmes, que são belíssimos, apenas a constatação de que Gabriela trabalha em outro registro. Quem viu O Animal Cordial sabe.

A Sombra do Pai terá exibição seguida de debate na segunda-feira, 22, às 19h30, no Belas Artes, em mais uma parceria do conjunto de salas com o Estado e Pandora Filmes. Os ingressos gratuitos poderão ser retirados uma hora antes, a partir das 18h30. Estarão presentes a diretora, o ator Julio Machado, a atriz Nina Medeiros, a subeditora do Caderno 2, Adriana Del Ré, e um crítico do jornal.

Roteirista e diretora, Gabriela tem sido uma entusiasta do cinema de gênero, leia-se o terror, não apenas nos filmes que escreve - Quando Eu Era Vivo, de Marco Dutra -, mas principalmente nos que ela própria realiza. O Animal Cordial promovia aquele banho de sangue num restaurante invadido por ladrões.

Desta vez, segundo todas as referências, o terror é mais tradicional, alguma coisa mais próxima do espírito das lendárias produções da Hamer que estabeleceram o prestígio de Terence Fisher como grande diretor.

Mais, talvez, que a morte, o luto está no centro de A Sombra do Pai. A morte da mãe desestabiliza uma família. O pai, operário, retrai-se. A filha, uma garota, acredita ter poderes sobrenaturais e sonha trazer a mãe de volta. De alguma forma, nenhum dos dois faz o luto, mas existe a figura da tia que ajuda a neutralizar os conflitos. Quando ela se casa e vai embora, pai e filha ficam entre eles mesmos, e aí a situação agrava-se.

A filha sente-se diferente, o pai torna-se diferente. O luto é associado a uma perspectiva de classe - o mundo dos trabalhadores. São múltiplas camadas de leitura. Psicanalítica, cinematográfica. Haverá muito o que debater, na segunda-feira, sobre A Sombra do Pai.

(Com Agência Estado)

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